Os candidatos a deputados estaduais por Minas Gerais não citaram nenhuma vez os nomes dos candidatos a presidente pelas coligações que integram. Alguns aliados do PSDB ainda usaram imagens do senador Aécio Neves (MG), presidenciável tucano, enquanto o PT e seus aliados não apresentaram nenhuma referência à presidente Dilma Rousseff, que disputa a reeleição, nem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
E, como na abertura, foi o petista - cuja imagem foi usada como tema de fundo de todas as legendas - que fez o encerramento do programa destinado aos candidatos da coligação. "Estamos cansados de políticos ausentes e distantes de Minas", afirmou o petista, ao pedir votos para a aliança. Pouco antes, um dos candidatos do próprio PT, Arcanjo Nunes, se apresentou com uma bandeira no mínimo inusitada. "Sou contra a corrupção e o mensalão", disse, em referência ao processo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no qual diversos condenados são líderes petistas.
No caso dos aliados do PSDB, houve dois tipos de cenário, pois parte dos partidos que apoiam a candidatura do ex-ministro Pimenta da Veiga (PSDB) ao governo integra a coligação em torno da reeleição da presidente Dilma, como PDT e PSD, ou têm candidato próprio à Presidência, como o PV. Nestes casos, o pano de fundo para quem disputa uma vaga na Câmara foi com fotos de Pimenta e do ex-governador Antonio Anastasia, que tenta uma vaga no Senado pelo PSDB mineiro. Já nos espaços de partidos que apoiam tucanos para todos os cargos majoritários, DEM e SD, a imagem de Aécio foi incluída ao lado dos correligionários. Mas, em nenhum dos casos o nome do senador foi citado.
Eduardo Campos
Ao contrário do horário reservado aos candidatos à Presidência, praticamente nenhum partido dedicou espaço a homenagens ao presidenciável do PSB, Eduardo Campos, morto na semana passada em acidente aéreo. A exceção foi o espaço reservado à coligação Minas Quer Mudança (PSB, PPL e PRTB). Todo o espaço foi destinado a homenagear o ex-governador pernambucano, mostrado em imagens com o candidato socialista ao governo de Minas, Tarcísio Delgado, que aparece também com a então candidata a vice e provável substituta de Campos na chapa, Marina Silva.
Mas, além de falas do próprio Eduardo Campos, as únicas declarações apresentadas no espaço da coligação foi do presidente do diretório do PSB de Minas, deputado federal Júlio Delgado, que disputa a reeleição e salientou que a legenda está "sob impacto" da tragédia que foi a morte do presidenciável. "Ele (Campos) deixou seu legado. Nossa obrigação é honrá-lo", afirmou.
Presidenciáveis
Em seu programa de estreia no horário gratuito de propaganda eleitoral, a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) destacou as obras de seu governo, enquanto o senador Aécio Neves (PSDB) criticou a administração petista e o PSB dedicou seu tempo a homenagear o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto na semana passada. No programa socialista, Marina Silva - que deve ser oficializada como candidata à Presidência pela chapa -, só apareceu uma vez, em imagem abraçando o ex-governador de Pernanbuco, morto na semana passada.
Com Agência Estado