“Não somos contra nenhum desses projetos, mas queremos discuti-los melhor, por meio de audiências públicas ou reuniões com a população. O projeto do Refis, por exemplo, poderá perdoar dívidas de empresários em período eleitoral. Temos que entender melhor como isso funcionará e quem será beneficiado”, questionou Pedro Patrus (PT). O vereador afirmou também que outros requerimentos apresentados pela oposição na Câmara têm sido barrados por decisões da PBH, impedindo o trabalho de fiscalização da Casa.
Integrantes da base aliada ao prefeito, em grande maioria na Câmara, defenderam a aprovação dos dois projetos e apontaram ontem os benefícios que eles trariam para a população. O Projeto de Lei 1108/2014 concede desconto de até 90% e parcelamento em até 120 meses das multas e juros para contribuintes em dívida com o fisco, entre eles devedores do Imposto Predial. “É um projeto que vai atender qualquer cidadão comum. Não dá para aceitar esse discurso de que a proposta beneficiará grandes empresas. São as pessoas humildes que precisam refinanciar suas dívidas, pessoas que não tiveram condição de pagar o IPTU no passado e viram as dívidas aumentar”, rebateu Wendel (PSB).
“Casa da mãe Joana” O clima esquentou no final da reunião, quando a oposição manteve a obstrução e conseguia impedir a votação por meio de manobras. Pedro Patrus e o líder de governo Preto (DEM) bateram boca por várias vezes e o peemedebista Iran Barbosa criticou muito a condução do vereador Wellington Magalhães (PTN), que presidia a sessão. “Quando a base e o Executivo acham que dominam o parlamento, quando não podemos fazer uma audiência pública, é nosso dever obstruir. O projeto do Refis não tem nem mesmo um estudo de impacto financeiro no projeto, não pode ser aprovado dessa forma”, disse Barbosa.
Depois de ter um pedido de questão de ordem negado pela mesa, Barbosa ficou exaltado e disparou : “Isso é falta de caráter. A questão de ordem é direito do vereador.