Marcos Valério já foi condenado a 37 anos, 5 meses e 6 dias de prisão pelos crimes de corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão de divisas, no esquema do mensalão, e cumpre a pena no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Se condenado novamente, o empresário estará sujeito a uma pena que pode ir de 2 a 5 anos de prisão.
Fiscalização empreendida pela Receita Federal constatou a existência de inúmeros depósitos efetuados em contas correntes da empresa mantidas em diferentes instituições bancárias. Intimada a prestar esclarecimentos, a 2S Participações não conseguiu demonstrar a origem dos recursos, justificando-os ora como repasses e aportes de sócios, ora como originários de uma corretora de valores, a Bônus Baval, que afirmou desconhecer os lançamentos e repasses e negou possuir qualquer relação comercial com a empresa de Marcos Valério.
Ainda conforme o MPF, pagamentos também teria sido lançados na contabilidade, mas sem a comprovação dos bebeficiários. “Os pagamentos sem causa ou feitos pela 2S Participações a beneficiários não identificados sonegaram o Imposto de Renda Retido na Fonte, gerando um crédito tributário, também já definitivamente constituído na esfera administrativa, de R$ 13.073.363,55”, afirma a denúncia.
A reportagem tentou contato com Marcelo Leonardo, advogado de Marcos Valério, mas ele não atendeu às ligações. .