O candidato à Presidência da República pelo PSDB, senador Aécio Neves (MG), defendeu nessa terça-feira, em Dourados (MS), o aumento das desapropriações de terras para solução de conflitos entre indígenas e produtores rurais. Para que isso possa ocorrer, o tucano disse que, caso eleito, vai ampliar o debate sobre as demarcações de terras, incluindo a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no processo. “Vamos buscar a paz no campo, que não será alcançada com a omissão do governo. Vamos avançar na desapropriação de terras”, declarou o tucano.
Aécio Neves teve um intenso dia de campanha também em Mato Grosso, onde visitou a capital, Cuiabá, e Sinop, quarta maior cidade do estado, em encontros agendados com representantes do agronegócio e empresários. A eles, o tucano disse que é preciso fortalecer a logística do estado para viabilizar o escoamento da produção. “Todos os brasileiros de todas as partes do Brasil devem reconhecer o esforço que esta região vem fazendo, mesmo com a ausência de um governo que planeje. Então, venho oferecer uma grande parceria com o Centro-Oeste brasileiro e Mato Grosso, em especial”, disse.
A visita do tucano à Região Centro-Oeste teve início na Associação Comercial e Empresarial de Dourados, onde conversou com empresários. Ali, o presidenciável reafirmou seus planos de criação do superministério do Agronegócio e redução no número de pastas.
Fronteiras
Com olhos voltados para os problemas da região, Aécio Neves tocou ainda em um tema que vem desafiando o Brasil: o controle das fronteiras. Ele apontou a necessidade de intensificação do policiamento na região de fronteira com a Bolívia, usada para o contrabando, tráfico de drogas e armas, entre outros crimes. Para isso, anunciou que vai investir no fortalecimento da Polícia Federal, para que trabalhe em conjunto com a Força Nacional. “Temos que equipar mais a Polícia Federal. O Ministério da Justiça passará a ser o Ministério da Segurança Pública e da Justiça. Os recursos do Fundo Penitenciário Nacional e do Fundo de Segurança Pública serão usados, não serão contingenciados”, afirmou.
Pastor defende venda da Petrobras
O candidato do PSC à Presidência da República, Pastor Everaldo, estreante em eleições, defendeu nessa terça-feira a privatização da Petrobras, em entrevista ao Jornal Nacional. “Tudo que der para passar para a iniciativa privada, eu vou (passar)”, disse o presidenciável, que pretende investir o dinheiro arrecadado em saúde e educação. Defensor de um liberalismo clássico, Pastor Everaldo disse não ser uma contradição integrar um partido que, até o ano passado, era aliado de Dilma Rousseff (PT). Também negou que a saída da base de governo se deveu à pequena participação do PSC na administração federal. O candidato defendeu ainda suas bandeiras contrárias ao aborto, ao casamento gay e à legalização das drogas..