Na sessão plenária, José Jorge manteve o voto de duas semanas atrás, quando opinou pela inclusão da presidente da estatal e do ex-dirigente Jorge Zelada no novo processo que irá apurar a culpa dos diretores da empresa pelo prejuízo causado com a compra da refinaria. Na ocasião, o ministro adiou a decisão em consideração à presença do advogado-geral da União, ministro Luís Inácio Adams. Adams pediu a individualização da decisão sobre o bloqueio patrimonial. Na avaliação do advogado-geral, não estão presentes os requisitos necessários para determinar o bloqueio de bens de Graça Foster, por exemplo.
Nesta quarta, após o voto de José Jorge, o ministro Walton Alencar Rodrigues apresentou divergência. Ele concordou com a inclusão dos novos nomes no processo, mas pediu que ficassem excluídos do bloqueio patrimonial os diretores que participaram apenas da decisão que aponta prejuízos de US$ 92,3 milhões causados pelo adiamento do cumprimento da decisão arbitral sobre a disputa contra a Astra Oil, antiga proprietária da refinaria. É o caso da atual presidente da estatal, Graça Foster.
Um ministro ouvido pela reportagem afirmou antes do início da sessão que a expectativa era de que a maioria divergisse de José Jorge na questão da indisponibilidade de bens. Durante o voto do ministro Walton Rodrigues, contudo, José Jorge se levantou e começou a falar com os demais ministros.