A presidente Dilma Rousseff cumpriu agenda em Minas Gerais nesta quarta-feira. Na primeira visita a capital após o início da campanha eleitoral, em que a petista concorre à reeleição, Dilma acompanhou as atividades dos alunos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), no Senai, no Bairro Horto, na Região Leste, e gravou imagens que serão usadas durante o horário eleitoral. Ela falou sobre investimentos no ensino profissionalizante, sobre o metrô, mas se recusou a comentar sobre os adversários na disputa. “Posso te falar uma coisa? Tenho tradição de não comentar pesquisas. Tenho aproveitado o momento eleitoral para mostrar tudo o que fiz, que não está sendo bem mostrado”, afirmou.
Apesar da agenda fechada, a presidente conversou rapidamente com os jornalistas. Ao ser perguntada sobre investimentos em Minas, como a ampliação do metrô da capital, a presidente não quis causar polêmica. Segundo ela, a gestão petista retomou os investimentos em mobilidade e transporte, que estavam paradas durante as outras gestões.
Sobre os atrasos no início das obras, ela disse que neste momento aguarda a finalização do projeto executivo pelo governo de Minas, após a devolução da proposta feita pela Caixa Econômica Federal. “O governo do estado entregou à Caixa um projeto que não estava completo, e eles estão trabalhando nesse projeto”, afirmou. ““Cada projeto está numa fase, depende de quem está gerindo. Não estou culpando o governo do estado, cada um tem sua dificuldade”, completou. Ainda segundo Dilma, nove dos 11 lotes de duplicação da BR-381 entre Belo Horizonte e Governador Valadares já estão contratados.
Ela classificou o Pronatec como uma “das coisa mais importantes” feitas durante sua gestão. Dilma associou o investimento no ensino técnico como sendo uma das portas para vários jovens ajudarem a alavancar a economia, entrarem no mercado de trabalho e deixarem programas sociais como o Bolsa Família. “Não tem porta de saída, tem porta de entrada para o mundo de trabalho”, disse, ao se referir que parte das vagas do programa de ensino técnico é reservada para os jovens que participam do programa de transferência de renda.
Segundo ela, há três dias o programa atingiu, no País, 8 milhões de alunos matriculados. "A meta era chegar a 8 milhões em dezembro, mas dado o sucesso do programa, que foi uma parceria bem-sucedida, vamos atingir, na continuidade dele, 12 milhões de matriculados. Até 2018, serão 20 milhões de matriculados", declarou
Ao ser questionada como fará para dissociar sua imagem da de Marina, uma vez que ambas participaram do governo Lula, Dilma respondeu que o "povo saberá fazê-lo". Ela chegou ao local por volta das 15h10 e estava acompanhada do presidente do Sistema Fiemg, Olavo Machado Júnior; do coordenador de campanha em Minas Gerais, ex-ministro Walfrido Mares Guia; do ministro da Educação Henrique Paim; do secretário da Comunicação Social, Thomas Traumann; e do candidato ao governo do Estado pelo PT, Fernando Pimentel.
Com Agência Estado .