No primeiro programa da propaganda eleitoral gratuita ao governo de Minas, os dois principais candidatos, Fernando Pimentel (PT) e Pimenta da Veiga (PSDB), usaram estratégias semelhantes para se apresentar aos eleitores.
Na televisão, Pimenta da Veiga mostrou a família – a mulher, Anna Paola, os cinco filhos, e inclusive contou o drama pelo qual passou há 10 anos, com a morte do mais velho, fruto de seu primeiro casamento, o juiz de direito Vinícius Pederneiras Pimenta da Veiga. Já Fernando Pimentel revelou ter sido preso e torturado pela ditadura. “Hoje sou uma pessoa que conheço mais os meus limites. Talvez seja um pouco mais tolerante com o ser humano do que seria se não tivesse passado pelo que passei”, disse na telinha.
No rádio, o tom foi outro. A trajetória profissional de ambos foi apresentada.
Pelo rádio, o programa do petista lançou a provocação contra o tucano. O locutor afirmou: “Pimentel cumpriu o seu mandato de prefeito até o fim. Pimenta da Veiga abandonou o cargo de prefeito depois de um ano para se candidatar governador. Foi derrotado e mudou para a sua fazenda em Goiás”. O tucano não mencionou Pimentel em seu programa. Mas, ao informar que quando prefeito criou na capital mineira o primeiro Programa de Orçamento Participativo do país, o Propar, provocou manifestações de petistas, que reivindicam a autoria da política.
O PSB de Tarcísio Delgado usou o seu tempo de 1m36s no rádio para exibir um depoimento do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB). “Aqui estamos buscando a melhor arma política deste país. Tarcísio Delgado é um exemplo de dignidade, de ética, de correção, de compromisso com os mais pobres, de compromisso com a democracia e de compromisso com o governo que sabe ouvir o povo”, afirmou Campos, em Juiz de For a, na ocasião do lançamento da candidatura de Delgado.
O primeiro programa de televisão da tarde do PSB ao governo de Minas não foi ao ar. Segundo a campanha socialista o material foi encaminhado à TV Assembleia, a geradora, no prazo previsto. O PSB informou que vai acionar a Justiça Eleitoral para tentar recuperar o tempo perdido.