Bertha Maakaroun
No primeiro programa da propaganda eleitoral gratuita ao governo de Minas, os dois principais candidatos, Fernando Pimentel (PT) e Pimenta da Veiga (PSDB), usaram estratégias semelhantes para se apresentar aos eleitores. Ambos exploraram a mineiridade e a relação com o estado e procuraram, igualmente, apresentar uma faceta democrática e de tolerância, aberta ao diálogo e à busca de consenso para governar. Os dois candidatos também enfatizaram a ideia de que têm experiência e estão preparados para governar Minas Gerais, listando os cargos públicos e as realizações implementadas.
No rádio, o tom foi outro. A trajetória profissional de ambos foi apresentada. Pimenta informou ser advogado, ter sido deputado federal, prefeito, ministro das Comunicações. Pimentel, por sua vez disse ter sido secretário da Fazenda, do Planejamento, vice-prefeito de Célio de Castro, prefeito e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Pelo rádio, o programa do petista lançou a provocação contra o tucano. O locutor afirmou: “Pimentel cumpriu o seu mandato de prefeito até o fim. Pimenta da Veiga abandonou o cargo de prefeito depois de um ano para se candidatar governador. Foi derrotado e mudou para a sua fazenda em Goiás”. O tucano não mencionou Pimentel em seu programa. Mas, ao informar que quando prefeito criou na capital mineira o primeiro Programa de Orçamento Participativo do país, o Propar, provocou manifestações de petistas, que reivindicam a autoria da política.
O PSB de Tarcísio Delgado usou o seu tempo de 1m36s no rádio para exibir um depoimento do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB). “Aqui estamos buscando a melhor arma política deste país. Tarcísio Delgado é um exemplo de dignidade, de ética, de correção, de compromisso com os mais pobres, de compromisso com a democracia e de compromisso com o governo que sabe ouvir o povo”, afirmou Campos, em Juiz de For a, na ocasião do lançamento da candidatura de Delgado.
O primeiro programa de televisão da tarde do PSB ao governo de Minas não foi ao ar. Segundo a campanha socialista o material foi encaminhado à TV Assembleia, a geradora, no prazo previsto. O PSB informou que vai acionar a Justiça Eleitoral para tentar recuperar o tempo perdido. O conteúdo do programa que foi ao ar à noite repetiu o depoimento de Campos.