Primeiro-vice presidente do Senado, Viana disse que a candidatura de Marina estabelece uma disputa direta com o candidato tucano à Presidência, Aécio Neves, e ainda deixa mais clara a possibilidade de realização de um segundo turno na corrida ao Palácio do Planalto. Para ele, é "óbvio" que seria melhor disputar um segundo turno contra Aécio Neves. "Se pudéssemos escolher o adversário - quando isso é possível de acontecer na política é o melhor dos cenários -, nosso adversário que escolheríamos seria o PSDB. Poderíamos comparar facilmente os oito anos do governo do PSDB com os anos do governo do PT, que trouxeram muito mais conquistas para o povo brasileiro", frisou.
Viana disse que a entrada de Marina não acaba com a polarização entre petistas e tucanos na corrida eleitoral, porque, na sua avaliação, ela está dividida entre o governo e as candidaturas de oposição, como é o caso dela. Mas reconhece que a ex-ministra "embaralha" a disputa, uma vez que ela fez parte do governo do PT - foi ministra de Meio Ambiente do governo Lula - e traz ainda "novidades" nos temas que defende em sua prática política.
O senador petista afirmou que a intenção de voto da candidata, registrada na pesquisa Datafolha divulgada na segunda-feira, não tenha sido motivada apenas pela "comoção" com a morte do presidenciável Eduardo Campos, vítima de um acidente aéreo na semana passada. Na sondagem, Marina ficou em empate técnico com Aécio no primeiro turno e com Dilma, no segundo. Ele argumentou que, nas eleições presidenciais de 2010, ela já tinha alcançado cerca de 20 milhões de votos no primeiro turno.