A polêmica envolvendo as obras de expansão do metrô da capital voltaram a movimentar a campanha ao governo de Minas. Nesta quinta-feira, o candidato ao Palácio da Liberdade, Pimenta da Veiga (PSDB), tratou novamente do tema. Ele respondeu a presidente Dilma Rousseff (PT) que disse nessa quarta-feira que os recursos para as obras de expansão do modal de transporte – R$ 3,95 bilhões -, já foram liberados e que os atrasos nas obras têm ocorrido porque o governo do estado entregou projeto à Caixa Econômica Federal com falhas. Segundo Pimenta, o metrô sempre foi de responsabilidade do governo federal que poderia ter feito as outras linhas, já que o problema no projeto foi referente ao trecho Lagoinha/Savassi.
“É uma coisa grave, porque o metrô sempre foi de responsabilidade do governo federal e ela vir agora, querer mudar essa realidade, fica muito ruim para ela. E além do mais, projeto para quem quisesse construir o metrô já existe pronto há muitos anos. A linha 2 do Barreiro tem projeto pronto há muitos anos. Se ela quisesse ter construído, poderia ter construído, pelo menos, essa linha”, afirmou, Pimenta da Veiga. Ainda segundo ele, o ex-governador Antônio Anastasia (PSDB), que concorre ao Senado, tentou viabilizar a obra aceitando fazer o projeto, mas, caberia ao governo federal executar. “Então, a pergunta é a seguinte: por que nos 12 anos anteriores não foi feito o metrô? Não foi feito o projeto pelo próprio governo federal? Quando nós fizemos o metrô, grande parte dele no governo Fernando Henrique, não ficamos pedindo para ninguém fazer o projeto”, disparou.
O candidato ainda comentou que pretende criar programas sociais que busquem “diminuir a distância entre os mais pobres e os mais ricos, em todos os sentidos”. Pimenta disse que nos próximos dias deve intensificar a campanha, além de se dedicar a colher propostas para a construção de seu programa de governo. Sobre ao horário gratuito de propaganda eleitoral, o tucano disse que a estratégia de apresentá-lo começará a ser modificada ao longo dos dias. “Agora, nós vamos apresentar as ideias. Começamos já ontem e vamos aprofundar as propostas”, disse.
Em nota, o governo de Minas rebateu a afirmação da presidente Dilma de que o projeto da linha 3 foi devolvido. “A Caixa Econômica Federal não devolveu nem reprovou o projeto encaminhado pelo Governo do Estado de Minas Gerais. A instituição apenas solicitou o detalhamento de parte dos dados, o que é uma prática comum em projetos de tamanha complexidade. As informações complementares estão sendo devidamente providenciadas”. Na mesma nota, a administração estadual disse que nos últimos 12 anos não foram feitos investimentos federais no metrô da capital e que propostas foram apresentadas de parceria com a iniciativa privada, mas todas foram “ignoradas”.