O senador e candidato do PT ao governo do Rio, Lindbergh Farias, acusou a atual gestão do PMDB no Estado de "investir só no cartão postal" e "governar para a elite" em sabatina realizada por jornalistas da Record News e do R7 nesta quinta-feira, 21.
O partido de Lindbergh integrava a aliança que elegeu Sérgio Cabral (PMDB) no fim de 2006 e permaneceu no governo estadual até o início de 2014, ocupando duas secretarias (Meio Ambiente e Direitos Humanos).
"Minha maior crítica a esse governo é que ele é subserviente aos interesses de concessionárias de serviços e de grandes empresas", disse o candidato, referindo-se a Cabral e ao sucessor Luiz Fernando Pezão (PMDB), que é candidato à reeleição.
Lindbergh afirmou que, se eleito, pretende "abrir a caixa-preta" no setor de transportes e dobrar os investimentos em saúde, além de rever contratos firmados pelo atual governo com as chamadas Organizações Sociais (OS).
"Vamos contratar 1.500 médicos, e isso custa por ano R$ 200 milhões. Estou muito preocupado com as OS porque está faltando controle. É preciso fazer um plano de cargos e salários na saúde e isso pode ser feito a médio prazo, o recado das ruas é menos obras suntuosas e mais projetos para o povo."
Lindbergh defendeu o governo da presidente Dilma Rousseff, apesar da ausência da petista em sua campanha, e citou repetidas vezes a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua campanha eleitoral de rádio e TV.
O candidato do PT afirmou ser contra a legalização do aborto e do uso de drogas como a maconha. "Sou contra a legalização das drogas, acho que não é o caminho", disse Lindberg, que, entretanto, classificou como "fracassada a atual política de guerra às drogas". Perguntado se é a favor do casamento gay, não respondeu diretamente, afirmando apenas ser "contra qualquer discriminação de orientação sexual".