O presidente do PSB, Roberto Amaral, disse que o registro da nova chapa deve ser feito ainda hoje no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e assegurou a harmonia da coligação. “Não há ruído entre a Rede e o PSB, todos estão unidos”, disse ele. Alinhado com a direção partidária, o senador Rodrigo Rollemberg, que passou o dia de ontem fazendo campanha em Brazlândia, entende ser natural alguns atritos, já que são dois partidos distintos. “Temos que entender agora que a Rede tem a cabeça de chapa e o PSB a vice. Mas estamos juntos nesse processo”, assegurou.
Agronegocio
Como forma de neutralizar resistências de vários setores à sua candidatura à Presidência pelo PSB, Marina Silva adotou um discurso mais ameno em relação a temas sensíveis, como agronegócio e energia. Marina transformou seus posicionamentos numa espécie de declaração de pontos de vista e do que deve nortear o programa de governo. A candidata destacou dois de seus principais aliados – o ambientalista João Paulo Capobianco e o vereador e empresário Ricardo Young – para conversar com empresários e tentar angariar apoio e doações para a campanha. O objetivo deles é derrubar a imagem de que Marina é contra o agronegócio e se opõe a avanços tecnológicos como sementes transgênicas.
Os dois contarão com o reforço do empresário Guilherme Leal, sócio da Natura, que em 2010 foi candidato a vice-presidente de Marina. Leal já estava apoiando a chapa de Campos financeiramente – doara R$ 400 mil segundo a primeira prestação de contas –, mas agora, segundo interlocutores, está “muito entusiasmado” em assumir algum papel na campanha. Amanhã, Young e Capobianco terão uma reunião em São Paulo com o presidente da Sociedade Rural Brasileira, Gustavo Junqueira, que, em entrevista, afirmou que vê a aproximação com entusiasmo.