Brasília - O presidente do PSB, Roberto Amaral, e a advogada da coligação Unidos pelo Brasil, Gabriela Rollemberg, formalizaram nesta sexta-feira perante o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a substituição da chapa que irá concorrer às eleições presidenciais neste ano. O pedido de registro confirma Marina Silva como candidata oficial do PSB em substituição a Eduardo Campos, morto em acidente de avião na semana passada. Também foi confirmada a indicação de Beto Albuquerque como candidato a vice-presidente na nova chapa socialista.
O PSL não participou da reunião realizada em Brasília ontem (21), que referendou a composição da chapa, mas, de acordo com o PSB, apresentou hoje decisão da Executiva Nacional pela permanência na coligação. O pedido de registro será analisado pelo TSE obedecendo ao mesmo trâmite da análise da chapa anterior.
Mais cedo hoje, Marina evitou responder sobre a possibilidade de criar a Rede Sustentabilidade mesmo se for eleita em outubro. De acordo com ela, o momento é de solidariedade com o PSB após a trágica morte de Eduardo Campos, que era o cabeça da chapa e também presidente nacional da legenda. "O PSB teve um gesto altamente democrático quando nos acolheu. O PSB passa por um momento difícil da perda de seu líder maior e a Rede tem uma atitude de dar ao PSB o mesmo acolhimento", afirmou, em entrevista coletiva na sede da coligação, em São Paulo.
A candidata defendeu a união entre os partidos e facções das legendas que formam a coligação Unidos pelo Brasil em torno do projeto de governo definido ainda com Eduardo Campos. "Agora não é hora de ficarmos cada um querendo valorizar a parte, é hora de lutarmos pelo todo. E o todo é o legado que Eduardo Campos suscitou na sociedade brasileira", afirmou.