Na iminência de sofrer condenações decorrentes da ação judicial, Costa considera que não tem a menor chance de sair da prisão tão cedo. E quer preservar a família, que se tornou alvo da Lava Jato. "É importante que a caixa preta da Petrobras seja aberta. E ele pode dar uma contribuição", afirmou o presidente do DEM. "Agora é preciso que a contribuição do delator venha acompanhada de provas irrefutáveis", ponderou Maia, que é coordenador-geral da campanha presidencial de Aécio Neves (PSDB).
Agripino Maia lembrou que, em junho, o ex-diretor da estatal depôs na CPI da Petrobras do Senado e negou qualquer envolvimento nas irregularidades sob investigação da comissão de inquérito e da PF. Um dia depois, ele foi preso novamente pela polícia e está detido desde então.
Para Bueno, Costa tem que dizer o que aconteceu, mesmo que envolva deputados e senadores. "A delação não pode ser restrita. Se, por ventura, aparecerem parlamentares envolvidos, eles precisam responder por isso", afirmou o líder do PPS, um dos mais atuantes na CPI mista da Petrobrás. A reportagem não conseguiu localizar, por telefone, o relator da CPI mista, deputado Marco Maia (PT-RS) nem o presidente das duas comissões de inquérito, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), para comentar a decisão do ex-diretor..