O tucano reiterou que o Bolsa Família será mantido e aprimorado e anunciou que tentará dar reajustes lineares maiores que os do atual governo, independentemente dos aumentos pontuais. Aécio voltou a criticar a administração petista por só levar em conta a renda para definir o benefício a famílias pobres. O candidato disse que um novo programa, Família Brasileira, será criado em seu governo em complemento ao já existente.
Aécio informou que as famílias que já recebem transferência direta de renda do governo responderão a questionários com cerca de 20 perguntas sobre a situação familiar e as condições dos domicílios. Elas serão classificadas em cinco níveis de carência e vários ministérios atuarão para sanar dificuldades, desde falta de saneamento até presença de jovens vulneráveis.
Em agosto, segundo o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 13,9 milhões de famílias receberão o Bolsa Família, entre os dias 18 e 29. Serão transferidos R$ 2,37 bilhões, com valor médio de R$ 169,90 por família. Em junho, os benefícios do Bolsa Família foram reajustados em 10%. São atendidas famílias com renda per capita inferior a R$ 77 mensais.
Segundo Aécio, só após análise mais detalhada de cada família beneficiária será possível calcular o impacto orçamentário dos aumentos pontuais do Bolsa Família. O candidato disse que o programa Família Brasileira será custeado com recursos de vários ministérios, que atuarão para atender carências nas áreas de segurança, educação, acessibilidade, dependência química e saneamento, entre outras. "O programa Família Brasileira vai ser dos vários ministérios. Vamos interferir um pouco mais nisso, não vamos aceitar passivamente que, dando cartão do Bolsa Família, se coloca nas estatísticas que a pessoa não é mais pobre. Uma família que o filho tem desempenho escolar acima da média pode receber um `plus' de 30% no Bolsa Família para estimular que ele se qualifique. Se tem um pai de família do interior que fica passivo na praça, tranquilo porque recebe o cartão do Bolsa Família, se ele se qualificar, pode receber durante o tempo da qualificação mais 50% do Bolsa Família. Vamos ser proativos."
Para o tucano, "o governo do PT se contenta em administrar a pobreza". "Vou trabalhar para superar a pobreza. O Bolsa Família continua como está, vamos tentar fazer com que os reajustes sejam melhores do que têm sido no governo do PT e vamos aproveitar para fazer outras intervenções", disse ele durante visita à Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR).
Aécio afirmou ainda que, "dentro do cadastro do Bolsa Família, vamos qualificar as carências dessas famílias em outras dimensões, em cinco níveis". "Vai ter uma família que tem adultos sem qualificação para o mercado de trabalho, uma pessoa com deficiência, uma jovem adolescente grávida sem pré-natal. As famílias vão responder a um questionário, vamos listar de 20 a 30 carências específicas. As famílias continuarão recebendo o Bolsa Família, mas haverá ações transversais e nosso objeto é que a família não fique mais de um ano no mesmo nível de carência", explicou Aécio..