“Acho que quem falar que vai acabar com fator previdenciário tem que falar como é que paga (os benefícios)”, disse Dilma, que visitou na cidade gaúcha as instalações do trem que interliga Porto Alegre às cidades da região metropolitana. Segundo Dilma, o governo federal investiu cerca de R$ 1 bilhão na obra, que ela classificou como uma espécie de “coluna vertebral” do transporte da região.
A presidente defendeu ainda a gestão econômica do governo frente à crise mundial e disse que é normal haver uma redução no ritmo da geração de emprego neste momento. Ela comentou ainda os dados divulgados quinta-feira pelo Ministério do Trabalho, que apontaram a menor geração de vagas formais em julho dos últimos 15 anos. “Estamos sofrendo as consequências da crise econômica mundial.
Sobre o combate à inflação, um dos temas explorados pelos adversários, a candidata disse que não é possível reduzir a inflação sem falar em cortes nos programas sociais. “Alguém que falar para vocês que vai reduzir a meta da inflação no dia seguinte tem de cortar programa social. A equação simplesmente não fecha”, argumentou.
Dilma negou que os atos de campanha atrapalhem o trabalho como governante. “A minha ação como presidente passa por olhar obras.” Segundo ela, antes, sua agenda combinava tarefas de gestão com eventos para a entrega de obras nas cidades. “Agora aproveito meu tempo como candidata para fazer duas coisas: faço supervisão das obras, fiscalizo as obras. Você sabe aquela frase célebre: ‘O olho do dono engorda o boi...’ Se tiver alguma coisa errada, eu, como presidenta, vou ver.” Após a entrevista, ela visitou instalações do Aeromóvel de Porto Alegre antes de participar de comício do PT na capital gaúcha. (Com agências)
.