Líderes do PSB do Rio afirmaram neste sábado que vão costurar uma aproximação entre a nova candidata do partido à Presidência, Marina Silva, e o candidato do PT ao governo do Estado, Lindbergh Farias. O movimento é articulado apesar da resistência da presidenciável a algumas alianças regionais fechadas pelo partido. Segundo o porta-voz da Rede no Rio, Carlos Painel, Marina reconhece que a campanha de Lindbergh não é igual à do governador Geraldo Alckmin, candidato à reeleição pelo PSDB, em São Paulo, ou de Paulo Bornhausen, que concorre ao Senado pelo PSB em Santa Catarina. "Há uma diferença, por isso essa construção está sendo feita", declarou Painel, em entrevista coletiva realizada antes do ato político.
Na avaliação do deputado federal Glauber Braga, presidente do PSB-RJ, o momento é de "muito diálogo, muito afinamento, uma construção conjunta"."A gente tem que dar um passo de cada vez, é um processo de construção", disse Braga, sobre a aproximação entre Marina e Lindbergh.
Quanto à coordenação da campanha presidencial no Estado, os representantes tanto do PSB quanto da Rede afirmaram desejar que o prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo, permaneça na liderança dos trabalhos. "Não existe dificuldade de relacionamento com a Rede no estado do Rio", ressaltou Braga. "O PSB não quer em momento algum fazer disputa de espaço. Trabalho não vai faltar", acrescentou.
A decisão final sobre a coordenação da campanha presidencial no estado será tomada após reunião da executiva nacional da Rede, na segunda-feira, em Brasília. Durante o ato de hoje , no Rio, militantes fizeram um minuto de silêncio em memória a Eduardo Campos.