O candidato do PCB à Presidência da República, Mauro Iasi, dissenesta segunda-feira que pretende incentivar a iniciação científica na educação básica brasileira. Segundo ele, a proposta é fundamental para garantir o avanço científico e tecnológico do país. A afirmação foi feita durante encontro com o presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Jacob Palis.
De acordo com Iasi, além desse incentivo à ciência e tecnologia nas escolas, é necessário também ter uma política de Estado, de longo prazo, para o setor. “A política de ciência e tecnologia no Brasil tem respondido a programas e linhas de financiamento que oscilam muito, na direção e na natureza, de governo para governo. Ou mesmo dentro de um mesmo governo”, afirma.
Um terceiro eixo de sua proposta para ciência e tecnologia é o estímulo à produção científica nacional. “As grandes empresas têm seus centros de desenvolvimento em tecnologia fora do país, desenvolvendo aqui o que é necessário, simplesmente transferindo tecnologia e conhecimento na medida de seus interesses, protegendo suas patentes. Reflexo disso é o pouco número de pesquisadores brasileiros envolvidos nas grandes empresas multinacionais”, disse.
Segundo ele, é importante ainda que o país tenha um controle maior sobre pesquisadores estrangeiros que se aproveitam, por exemplo, de recursos naturais brasileiros para desenvolver produtos farmacêuticos por empresas de outros países. Em relação ao gasto anual de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em ciência e tecnologia, segundo números da ABC, Iasi disse que o valor é pequeno e que é preciso investir mais.