A apuração da denúncia pela Câmara teve início em março, quando foi instalada a comissão. De acordo com o Portal da Transparência do Governo Federal, a mulher do vereador recebeu repasses anuais de R$ 324 em 2009; R$ 792 em 2010; R$ 708 em 2011; R$ 1.062 em 2012 e R$ 420 em 2013. O total em cinco anos é de R$ 3.306, que só deveriam ter sido pagos caso ela atendesse aos critérios estabelecidos pelo governo. Durante a apuração, Gislane da Silva tentou redimir o marido de qualquer responsabilidade na investida contra o dinheiro público. Ela afirmou que foi a responsável pelo cadastramento.
Gislane contou ainda que só retomou seu relacionamento com o vereador em março de 2013 e, naquele ano, não foi feito nenhum saque do benefício de Bolsa-Família.
Fogo Um mês depois de iniciada a investigação, o vereador e presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, Fábio da Silva (PSB), ocupou a tribuna para denunciar uma ameaça recebida por telefone de uma pessoa que se identificou como amiga do vereador Gilberto Lixeiro. Ela disse que ninguém poderia mexer com ele e, caso isso ocorresse, o vereador teria seu carro incendiado, assim como as demais pessoas que estivessem com ele. As ameaças se estenderam ainda ao presidente da Câmara, Antônio Carlos de Jesus Fuzatto (PT). Na época, o presidente da comissão garantiu que a ameaça não impediria a conclusão dos trabalhos de apuração, como de fato ocorreu.
Gilberto Lixeiro, que sempre negou qualquer envolvimento nas ameaças. Segundo ele, o caso envolvendo a mulher é uma perseguição política..