Segundo Alckmin, na administração de Fleury o Estado "quebrou". "A polícia não tinha gasolina, não tinha colete a prova de bala. A situação era falimentar", disse.
Durante o debate, Alckmin afirmou que seus adversários usam de "inverdades" para tentar combater o seu governo. Apesar da crítica, o tucano afirmou que isso não baixa o nível da campanha. "A campanha é de alto nível, propositiva", afirmou.
Já o candidato ao governo do PT, Alexandre Padilha, disse, após o debate desta segunda-feira que com as realizações de debates e da propaganda eleitoral "a verdade começa a vencer" e que a "propaganda do governador" Alckmin começa a perder. Assim como Padilha, a presidente Dilma Rousseff também tem dito na campanha que a "verdade vai vencer o pessimismo".
Segundo Padilha, o governador e candidato à reeleição pelo PSDB não conseguiu contestar suas afirmações de que ele prometeu uma série de medidas há quatro anos que não foram cumpridas.
De acordo com Alckmin, todas essas "inverdades" serão combatidas durante a campanha eleitoral. "Se ele devia apresentar (defesa), devia ter apresentado hoje. Talvez ele não tivesse bem preparado para enfrentar pela primeira vez o debate cara a cara", disse Padilha. "Acabou o mundo da propaganda", reforçou.
Padilha disse que nos próximos debates pretende apresentar mais promessas não realizadas por Alckmin. O petista, no entanto, negou que o foco da campanha seja o ataque ao tucano. "Foco da campanha é mostrar problemas e soluções para o Estado", disse. "Vou ser sempre propositivo, mas vou cobrar o atual governador das promessas que ele não entregou. A população tem o direito de ser relembrada disso.".
O voto de Skaf
O publicitário Duda Mendonça disse que o candidato do PMDB ao governo paulista, Paulo Skaf, vai continuar respondendo da mesma maneira os questionamentos a respeito do seu voto para presidente da República. De acordo com o publicitário, que está nos quadros da campanha do peemedebista, esse é um assunto que não chama a atenção do eleitor, segundo suas pesquisas internas. Para ele, a pergunta continua sendo feita pelos adversários que desejam "aparecer" politicamente.
"Ninguém citou esse assunto nas pesquisas que eu fiz, nem negativamente nem positivamente", afirmou, após o debate entre os candidatos ao governo do Estado, transmitido pelo SBT. Quando confrontado com a pergunta sobre em quem votará para presidente, Skaf responde que seguirá o voto do candidato de seu partido, Michel Temer (PMDB), que concorre na chapa da presidente Dilma Rousseff (PT). Skaf diz que não dará palanque nem para o PT nem para o PSDB na campanha.
Duda Mendonça disse que o mesmo ocorre com o termo "tesão", que foi falado por Skaf no primeiro programa eleitoral na TV do peemedebista.
Duda Mendonça avaliou como excelente o desempenho de seu candidato. "Ele se mostrou um candidato experiente, firme e com propostas e conhecimento", afirmou o publicitário, sobre Skaf. E disse que a estratégia do peemedebista é procurar discutir propostas e programas de governo ao longo da campanha para governador. (Colaboraram Valmar Hupsel e Ricardo Chapola)..