É improvável que a representação por quebra de decoro parlamentar seja analisada antes do final desta legislatura, o que, pelas regras da Casa, ocasionará no seu arquivamento automático após a virada do ano. Após a revelação das denúncias, o peemedebista desistiu de se candidatar a um novo mandato.
Gravação
Em gravações feitas por sua ex-mulher Vanessa Felippe, o deputado diz que recebia comissões ilegais de ONGs contratadas pela Secretaria Municipal de Assistência Social, pasta que chefiou entre 2011 e 2012. Na representação, o PSOL argumenta que a conduta de Bethlem fere o Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara e pede a cassação do seu mandato.
"Da análise do conteúdo da conversa, verifica-se que o próprio representado afirma que recebeu vantagens indevidas, sendo que de R$ 65 mil a R$ 70 mil de sua receita mensal provinha do convênio firmado pela Prefeitura do Rio de Janeiro para a finalidade do Cadastro Único, recebendo ainda R$ 15 mil da empresa que fornecia refeições (lanche) para as todas as ONG's", diz na peça o presidente do PSOL, Luiz Araújo..