Candidatos fazem suas considerações finais
Em suas considerações finais, o candidato do PSDB à Presidência Aécio Neves apontou o ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, como um dos nomes fortes para sua equipe econômica. Aécio aproveitou para alfinetar Dilma e Marina: "Não fica claro para mim qual rumo a candidata Marina ou a candidata Dilma querem levar o país. São propostas muito parecidas. É fundamental que tenhamos uma política econômica diferente do que aí está", disse Aécio.
Já a presidente Dilma aproveitou o tempo para falar em continuidade. "Fui eleita para aprofundar ainda mais o legado do ex-presidente Lula e para nos preparar para o próximo ciclo de crescimento. Marina Silva relembrou a perda de Eduardo Campos: "Estou vindo de uma realidade traumática, que foi a perda de Eduardo Campos. E temos um programa que foi debatido com a sociedade, um plano de governo que faça com que esse país volte a crescer".
Luciana Genro criticou as propostas dos três principais candidatos. O candidato Levy Fidelix alegou que o país está falido e que precisa de uma auditoria. Eduardo Jorge disse que o Partido Verde é necessário para o Século XXI. Por fim, Pastor Everaldo voltou a se posicionar contra a legalização das drogas e do aborto.
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5º bloco
Dilma e Marina falam sobre o programa Mais Médicos
No último bloco do debate eleitoral dos candidatos à Presidência da República as duas candidatas que lideram as pesquisas eleitorais se desentenderam sobre a importância do programa Mais Médicos. A candidata do PSB Marina Silva, considerou o programa uma medida paliativa e afirmou que são necessárias ações mais concretas do governo federal para melhorar a qualidade da saúde pública no país. “O Mais Médicos é um paliativo. Pela falta de atendimento na saúde e os investimentos na formação de médicos. Defendemos o investimento de 10% na saúde, para aumentar os recursos para o setor”, disse Marina Silva. Dilma Rousseff (PT) rebateu a ex-senadora: “Não é um programa paliativo. Ninguém que está doente considera ter um problema paliativo. Fizemos esse programa para atender 50 milhões de brasileiros que não tinham acesso à saúde básica”, respondeu a petista.
Aécio Neves e Dilma trocaram farpas sobre a criação dos conselhos populares proposto por um projeto do Palácio do Planalto. Segundo o tucano, a administração petista busca um controle sobre as instituições independentes e não garantiu espaço suficiente para uma discussão no parlamento sobre a criação dos conselhos. “A formatação que o PT busca é algo que avilta um poder como o Congresso, que deve ser independente e soberano.
4º Bloco
Dilma e Aécio sobem o tom no embate direto
O clima esquentou em mais uma rodada de confronto direto entre os candidatos à Presidência. No quarto bloco do debate, os presidenciáveis puderam escolher novamente os temas e os candidatos para responderam suas perguntas. O maior embate se deu entre Aécio Neves e Dilma Rousseff quando discutiram as denúncias de corrupção na Petrobras. O tucano perguntou à petista se ela não queria pedir desculpas ao povo brasileiro por reduzir uma das maiores empresas do país. “A empresa perdeu metade do seu valor de mercado e agora habita as páginas policiais dos nossos jornais.
Ao falar sobre a área da mobilidade urbana, Aécio disparou contra o governo federal. Ele citou a mudança de postura em relação às parcerias com a iniciativa privada e citou dados do Programa de Aceleração e Crescimento (PAC) para criticar a gestão da presidente Dilma. “Em mais de 10 anos o atual governo demonizou as parcerias com o setor privado. No final do governo se curva, mas faz com enorme atraso e o tempo perdido não volta mais”, disse Aécio. O tucano afirmou que no último balanço do PAC, das 253 obras de mobilidade prometidas apenas 28 foram concluídas.
3º Bloco
Economia e gestão entram na pauta
Ao serem questionados por jornalistas na terceira etapa do debate, os candidatos comentaram a situação econômica do país e os desafios da administração. Perguntada sobre o baixo crescimento econômico dos últimos anos, a candidata Dilma Rousseff (PT) afirmou que seu governo atua para conter os reflexos de uma crise internacional buscando garantir os ganhos de trabalhador e os bons índices de empregos. “Antes, nos governos anteriores, colocavam a conta das crises externas para os trabalhadores pagar. Aumentavam as tarifas e cortavam os empregos. Nós nos recusamos a fazer isso”, afirmou a petista. Aécio Neves criticou Dilma, afirmando que o “Brasil do governo atual é bem diferente do Brasil real”, e citou os números da inflação como exemplo de que a gestão da economia não estão funcionando para resguardar o trabalhador brasileiros. “O sonho de todo mundo é morar na propaganda do PT, onde não há inflação e desemprego. Mas faço a pergunta para quem está nos assistindo: você vai na feira hoje e compra os mesmos produtos com o mesmo dinheiro que comprava a seis meses atrás?”, disse Aécio.
Ao ser questionada por um jornalista sobre os desafios de administrar um país com uma grande máquina pública e se eleita seria preciso reduzir ministérios, a candidata Marina Silva (PSB) criticou a ideia de que o país deve ser administrado por uma gerente. “Essa história de gerente começou no campeonato de gerências de 2010, entre Dilma e Serra. Mas o presidente Lula não teve visão de gerente. Apostou na redução da pobreza e das desigualdades”, comparou Marina. A presidente Dilma ressaltou a importância de o presidente ter visão estratégica e questionou quais ministérios deveriam ser fechados. “Um presidente lida com todos os problemas do país, não só discursando. Terá de fazer gestão. O presidente não é apenas um fator de representação, ele terá de agir, resolver os graves problemas do país”, disse Dilma.
2 º Bloco
Candidatos se questionam e trocam farpas
Na segunda parte do debate os candidatos fizeram perguntas entre si, podendo escolher para quem direcionar as questões e os temas escolhidos. Por meio de sorteio, Marina Silva (PSB) iniciou a rodada de perguntas, questionando a presidente Dilma Rousseff (PT) sobre suas promessas para atender as reivindicações das manifestações de rua de junho do ano passado: “Nada funcionou. O que deu errado?”, perguntou Marina. A presidente rebateu, citando a aprovação da lei que destinou 75% dos royalties do petróleo para a educação e 25% para a saúde; a criação do programa Mais Médicos; os compromissos com a estabilidade econômica e com os investimentos na mobilidade; e afirmou que apresentou um programa de reforma da polícia que foi barrado no Congresso.
A petista dirigiu sua pergunta ao candidato Aécio Neves (PSDB), comparando as taxas de emprego entre os governos do PT e do PSDB. Dilma questionou quais medidas Aécio teria citado durante sua campanha que considera impopulares. O tucano rebateu, apontando dados da retração na produção industrial e citou o baixo crescimento como principal entrave para o desenvolvimento econômico do país. Aécio Neves perguntou Marina Silva, questionando a falta de coerência em suas posições antes de ingressar na campanha e depois de assumir a cabeça de chapa do PSB. Marina destacou que considera essencial acabar com a polarização entre petistas e tucanos, partidos que ela considerou “representantes da velha política”.
Ainda no segundo bloco, vários temas polêmicos foram discutidos entre os sete candidatos à presidência. A legalização da maconha, a legalização do aborto e as políticas de combate à homofobia estiveram entre os tópicos levantados pelos candidatos. A candidata do PSOL Luciana Genro perguntou ao Pastor Everaldo, do PSC, suas posições sobre os direitos das minorias e apontou o alto índice de violência contra homossexuais no Brasil. “Homofobia mata e a falta de ações dentro das escolas para combater essas práticas é um problema grave. A bancada do candidato Everaldo, assim como vários outros setores conservadores, representam uma ameaça às minorias”, afirmou Genro. Pastor Everaldo respondeu que não tem qualquer preconceito, mas defendeu que os temas fiquem distantes da sala de aula. “O cristão é o mais tolerante. Isso é um ensinamento de Jesus. Nós não segregamos ninguém. Para mim escola pública tem que cuidar só da educação do brasileiro”, rebateu Everaldo.
1º Bloco
Tema da segurança abre o primeiro debate entre presidenciáveis
A questão da segurança pública foi o tema inicial do primeiro debate presidencial, organizado pela Rede Bandeirantes. Os candidatos foram perguntados sobre suas propostas para diminuir a criminalidade nas principais cidades brasileiras e o que fazer para combater as facções que atuam em presídios.
Alguns candidatos preferiram deixar a questão da violência em segundo plano para se apresentar aos os telespectadores. A candidata Marina Silva (PV) lembrou o acidente que matou Eduardo Campos e afirmou que assumirá os compromissos do ex-candidato. Ela criticou a falta de integração entre as polícias federal e as polícias estaduais no atual governo.
Aécio Neves (PSDB) também apontou o trabalho de integração entre as policias como principal ação para diminuir os números da criminalidade. Ele criticou os contigenciamentos de recursos do governo federal e a falta de combate ao tráfico de drogas nas fronteiras do Brasil. A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou que a segurança pública é de responsabilidade dos estados. Ela avaliou que a responsabilidade sobre a segurança deve ser alterada, para ser dividida entre estados e União, e citou as ações na Copa do Mundo como exemplo de atuação bem sucedida na área da segurança.
Regras do debate
O debate foi dividido em seis blocos. No primeiro, todos os candidatos responderam às mesmas perguntas. No segundo bloco, os presidenciáveis fizeram perguntas entre si, com réplica e tréplica.
Já no terceiro bloco, jornalistas perguntaram a cada um dos candidatos, e o escolhido indicou outro para comentar sobre a mesma pergunta. No quarto bloco, mais uma vez, um candidato perguntou para outro. No quinto, jornalistas voltaram a perguntar. Na última etapa os presidenciáveis fizeram suas considerações finais..