O coordenador da campanha presidencial de Marina Silva, Walter Feldman (PSB), negou a informação de que tenha tido qualquer atrito com sua colega na coordenação de campanha Luiza Erundina (PSB). "Eu diria exatamente o contrário. Ela tem sido nossa comandante de todos os dias, tem nos orientado, com sua experiência, como retomar agora a campanha", disse em entrevista ao Broadcast Ao Vivo. Feldman fez questão ainda de ressaltar que a coordenadora da campanha é Erundina e que ele é adjunto, dando apenas "apoio" às atividades.
"Fizemos a agenda de última hora no domingo (24), eu liguei para ela", disse Feldman ao explicar que Erundina já tinha uma agenda própria, em Atibaia, no interior paulista, relacionada à sua campanha de reeleição para a Câmara dos Deputados. "A Luiza foi muito compreensiva, estávamos dispostos até a mudar a agenda naquele momento, mas ela falou 'não, não, vá em frente'", explicou Feldman. Segundo ele, com relação ao debate de ontem, Erundina teve uma reunião que não pôde desmarcar e por isso não compareceu.
Sobre uma suposta desunião entre o grupo da Rede Sustentabilidade, que ele integra, e o PSB, Feldman reafirmou que essa é uma questão superada e que estão todos juntos em torno do programa de governo preparado em colaboração com Eduardo Campos. "Hoje as relações estão muito boas. Na minha avaliação, está tudo superado com o Carlinhos Siqueira, que é uma pessoa de que gostamos muito, com a Luiza, com o Roberto Amaral (presidente do PSB)", afirmou, mencionando a saída do secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, em um episódio de atrito com Marina e com a Rede. No dia em que anunciou sua saída, Siqueira chegou a dizer que Marina não representa o legado deixado por Eduardo Campos.