As divergências internas se intensificaram depois da morte do presidente nacional do partido, ex-governador Eduardo Campos, em um acidente de avião. Era ele quem bancaria as chapas proporcionais do PSB de Minas na campanha e também aportaria recursos para Tarcísio Delgado. “Com a morte do Eduardo e a saída do Kalil, acabou a chapa. E teve o agravante que foi o fato de o Júlio Delgado (presidente do partido no estado e candidato a reeleição na Câmara) aparecer no programa eleitoral sozinho o tempo todo”, afirmou uma liderança do PSB mineiro.
A secretária-geral do PSB Mulher, Patrícia Caldas, confirmou o atrito, mas disse que ele foi solucionado por Júlio Delgado. “Foi colocado que o partido não vem recebendo recurso suficiente para as campanhas, então houve um questionamento, sim, não só das mulheres como dos homens, que gostariam de ter uma participação à altura do PSB”, disse.
Integrante da executiva, o vereador Daniel Nepomuceno, disse que o partido “não tem identidade desde a imposição de um candidato ao governo” e criticou o individualismo do presidente da legenda na condução em Minas. “O que está acontecendo é muito triste. No mesmo dia que se tem um crescimento no nível federal, no estado não se conseguem juntar 10 pessoas satisfeitas com a condução do PSB”, afirmou.
Júlio Delgado, afirmou que as divergências internas estão resolvidas e atribuiu os rumores de crise aos “recalcados”. Segundo o deputado, a desistência ficou restrita a Kalil e uma candidata. De acordo com ele, os candidatos não apareceram no programa eleitoral porque foi feita uma homenagem a Eduardo Campos. “Apareci sozinho mas não pedi voto para mim e o programa foi repetido porque a produtora não tinha recebido outro. Daqui para frente, os candidatos vão aparecer”, afirmou..