Jornal Estado de Minas

Seca e cultura ganham destaque na campanha ao Governo de Minas

Pimenta da Veiga e Fernando Pimentel abordaram os dois assuntos nessa quarta-feira

Isabella Souto Maria Clara Prates

Pimenta da Veiga pediu votos em São Francisco, no Norte de Minas, - Foto: Nidin Sanches/Nitro


Os dois mais bem colocados candidatos ao governo de Minas tiveram nessa quarta-feira um dia de campanha agitado, com abordagem de diferentes temas. O candidato tucano, Pimenta da Veiga, fez nova viagem ao Norte de Minas, visitando os municípios de São Francisco, Januária e Brasília de Minas, apenas um mês depois de lançar sua candidatura na região. Pimenta admitiu, em São Francisco, que é grave o problema das bacias hidrográficas no estado, uma das maiores do país. “A do São Francisco é, talvez, a mais importante de todas. Temos que recuperar o rio”, disse. Em Belo Horizonte, Pimentel participou de reunião com grupo de índios e prometeu consolidar políticas de valorização e preservação da cultura indígena em Minas Gerais.

Depois de passar nas três cidades, Pimenta da Veiga anunciou que, além da recuperação das bacias, pretende construir barragens para amenizar o problema da falta d’água na região. “Temos que fazer algumas grandes barragens. Nós vamos concluir as obras de Mato Verde e Jequitaí e, se o governo federal não fizer, a de Berizal.
Além disso, faremos centenas de pequenas barragens por todo o semiárido. A questão da água aqui é fundamental”, afirmou o tucano. Pimenta não deixou de criticar o governo petista, atacando a obra de transposição do Rio São Francisco, considerada um obra indispensável pelo governo federal. “É um absurdo pensar em transpor água de um rio que está morrendo”, atestou.

Fernando Pimentel teve encontro com grupo de índios em BH - Foto: Fernando Cavalcanti/Divulgação
E como não podia deixar de ser, o petista Pimentel também não deixou de dar uma cutucada em seus adversários políticos, abordando o tema do transporte público. Ele prometeu mais “inovação” e “tecnologia” no planejamento do transporte público no estado. Em clara crítica ao sistema BRT/Move – transporte rápido por ônibus, implantado pelo governo mineiro (BRT Metropolitano) e pela Prefeitura de Belo Horizonte (municipal) –, o petista defendeu saídas inovadoras para a mobilidade urbana, tais como o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e o monotrilho. “Precisamos de tecnologias inovadoras. O BRT é um bom projeto, mas ele é uma tecnologia do século 20. Ônibus é uma coisa que existe há mais de 100 anos”, argumentou o petista.

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