Os dois mais bem colocados candidatos ao governo de Minas tiveram nessa quarta-feira um dia de campanha agitado, com abordagem de diferentes temas. O candidato tucano, Pimenta da Veiga, fez nova viagem ao Norte de Minas, visitando os municípios de São Francisco, Januária e Brasília de Minas, apenas um mês depois de lançar sua candidatura na região. Pimenta admitiu, em São Francisco, que é grave o problema das bacias hidrográficas no estado, uma das maiores do país. “A do São Francisco é, talvez, a mais importante de todas. Temos que recuperar o rio”, disse. Em Belo Horizonte, Pimentel participou de reunião com grupo de índios e prometeu consolidar políticas de valorização e preservação da cultura indígena em Minas Gerais.
Depois de passar nas três cidades, Pimenta da Veiga anunciou que, além da recuperação das bacias, pretende construir barragens para amenizar o problema da falta d’água na região. “Temos que fazer algumas grandes barragens. Nós vamos concluir as obras de Mato Verde e Jequitaí e, se o governo federal não fizer, a de Berizal. Além disso, faremos centenas de pequenas barragens por todo o semiárido. A questão da água aqui é fundamental”, afirmou o tucano. Pimenta não deixou de criticar o governo petista, atacando a obra de transposição do Rio São Francisco, considerada um obra indispensável pelo governo federal. “É um absurdo pensar em transpor água de um rio que está morrendo”, atestou.
E como não podia deixar de ser, o petista Pimentel também não deixou de dar uma cutucada em seus adversários políticos, abordando o tema do transporte público. Ele prometeu mais “inovação” e “tecnologia” no planejamento do transporte público no estado. Em clara crítica ao sistema BRT/Move – transporte rápido por ônibus, implantado pelo governo mineiro (BRT Metropolitano) e pela Prefeitura de Belo Horizonte (municipal) –, o petista defendeu saídas inovadoras para a mobilidade urbana, tais como o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e o monotrilho. “Precisamos de tecnologias inovadoras. O BRT é um bom projeto, mas ele é uma tecnologia do século 20. Ônibus é uma coisa que existe há mais de 100 anos”, argumentou o petista.