Brasília - Mais de duas semanas depois do acidente que matou o ex-governador Eduardo Campos e outras seis pessoas, o coordenador do comitê financeiro da campanha de Marina Silva (PSB) à Presidência da República, Márcio França, afirmou que serão indenizados todos os familiares das vítimas da queda do jato Cessna.
Nessa quarta-feira, 27, o advogado Antonio Campos, irmão do ex-governador, visitou as famílias cujas casas foram atingidas pelo acidente aéreo de 13 de agosto. Antonio disse que é importante descobrir quem são os donos da aeronave para que o processo de responsabilização seja feito. Ele se colocou à disposição para ajudar os donos dos imóveis a buscar o ressarcimento dos prejuízos. "Vamos juntar esforços para trabalhar no sentido de reparar os danos das seis casas", afirmou. O advogado negou que tenha oferecido pagamento de indenização para os moradores. "Eduardo é mais uma vítima", justificou.
Uma forte polêmica envolve o jato. Ele pertence à AF Andrade, empresa de Ribeirão Preto que está em recuperação judicial. De acordo com o PSB, o avião era de dois empresários e tinha sido locado para a campanha presidencial. "O Eduardo Campos contratou a aeronave e voou nela. Não sei se o contrato foi oneroso ou não. Isso nós vamos apurar", disse França. "Essa montanha vai parir um rato, tenho certeza disso", afirmou ainda.
Apuração
Após visita ao Ministério Público Federal (MPF), Antonio Campos contou que a possibilidade de um drone meteorológico da Aeronáutica ter causado a queda da aeronave se tornou "uma das linhas mais fortes da investigação" em andamento. Ele foi informado que um aparelho do gênero está desaparecido, que havia alerta para o uso de drones na região no dia do acidente e que há imagens circulando na internet que comprovariam que o equipamento esteve no ar naquele dia. "A possibilidade é real e não está descartada", revelou.
Com Agência Estado