Sardinha estava no Brasil desde o final de julho, quando o Itamaraty o chamou para consultas. Essa foi uma forma de o País mostrar insatisfação com o que classificou de ataques desproporcionais das forças israelenses ao território palestino. A retirada do embaixador causou uma crise diplomática entre os dois governos, quando o porta-voz israelense, Yigal Palmor, classificou o Brasil de "anão diplomático".
Há 20 dias, o recém-eleito presidente de Israel, Reuven Rivlin, telefonou para a presidente Dilma Rousseff para pedir desculpas em nome de seu governo. Sua atitude não foi unânime dentro de seu governo, mas foi bem-vista pelo Brasil, que já havia decidido enterrar o assunto. Ainda assim, o embaixador brasileiro continuou em Brasília. A condição para seu retorno, independentemente da crise diplomática, era a obtenção de uma trégua duradoura entre Israel e Palestina.
Hoje o Ministério das Relações Exteriores brasileiro emitiu uma nota sobre o cessar-fogo. O texto diz que o Brasil "acolhe com satisfação o anúncio de um cessar-fogo entre Israel e Palestina com base no esforço de mediação do Egito".
"O governo brasileiro confia em que o cessar-fogo contribua para a estabilização da região e permita encontrar um encaminhamento definitivo para o conflito entre Israel e Palestina, com base na solução de dois Estados, vivendo lado a lado, em paz e segurança", cita a nota.