O embaixador brasileiro em Israel, Henrique Sardinha Pinto, recebeu nesta quinta-feira, 28, a determinação da Presidência da República de voltar para Tel-Aviv. O diplomata deve viajar até o final desta semana, em uma resposta do governo brasileiro à trégua formal acertada entre Israel e o Hamas, encerrando os ataques à Faixa de Gaza.
Há 20 dias, o recém-eleito presidente de Israel, Reuven Rivlin, telefonou para a presidente Dilma Rousseff para pedir desculpas em nome de seu governo. Sua atitude não foi unânime dentro de seu governo, mas foi bem-vista pelo Brasil, que já havia decidido enterrar o assunto. Ainda assim, o embaixador brasileiro continuou em Brasília. A condição para seu retorno, independentemente da crise diplomática, era a obtenção de uma trégua duradoura entre Israel e Palestina.
Hoje o Ministério das Relações Exteriores brasileiro emitiu uma nota sobre o cessar-fogo. O texto diz que o Brasil "acolhe com satisfação o anúncio de um cessar-fogo entre Israel e Palestina com base no esforço de mediação do Egito".
"O governo brasileiro confia em que o cessar-fogo contribua para a estabilização da região e permita encontrar um encaminhamento definitivo para o conflito entre Israel e Palestina, com base na solução de dois Estados, vivendo lado a lado, em paz e segurança", cita a nota. O texto encerra informando que, concluídas as consultas para as quais foi convocado, o Embaixador do Brasil em Israel, Henrique da Silveira Sardinha Pinto, retornará a Tel Aviv.