O coordenador do comitê financeiro da campanha de Marina Silva (PSB) à Presidência da República, deputado Márcio França (SP), disse que o bom posicionamento da candidata nas pesquisas de intenção de voto aumentou a procura de empresários querendo colaborar financeiramente. A perspectiva de mudança no cenário econômico e político, segundo França, tem motivado até representantes do agronegócio a prometer doações para a campanha.
Com a morte do então candidato Eduardo Campos no dia 13 de agosto, o comitê financeiro da campanha foi trocado em virtude da mudança da cabeça de chapa. Após o pedido junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de registro da candidatura de Marina e do deputado Beto Albuquerque (RS) como vice, só hoje a campanha conseguiu um CNPJ e a expectativa é de que nesta sexta-feira, 29 a conta bancária seja aberta.
Desde o acidente que vitimou Campos e outras seis pessoas em Santos, no litoral paulista, a campanha parou de receber volumes expressivos de doação. Embora França diga que Campos não tinha problemas financeiros, fontes afirmam que a segunda prestação de contas ao TSE deve revelar um saldo inferior a R$ 1 milhão (que deve ser transferido para a nova conta da campanha). Na primeira prestação de contas, Campos declarou ter arrecadado R$ 8,2 milhões e um gasto total de R$ 5,23 milhões.
Mesmo com a expectativa de aumento da arrecadação, na página oficial da campanha de Marina há um destaque especial para a doação de pessoa física. "A nova política precisa do seu apoio. A sua doação é muito importante para a nossa caminhada", diz o texto.