O presidente do PT, Rui Falcão, afirmou nesta quinta-feira, 28, que não vai haver mudanças na estratégia da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff em razão do crescimento da candidata do PSB, Marina Silva, nas pesquisas eleitorais. Também coordenador-geral da campanha de Dilma, Falcão disse que a única mudança no planejamento da eleição é a "reiteração" para que a chapa se prepare para concorrer a um segundo turno.
Falcão citou o fato de que Marina manteve o seu recall de votos e tinha maior potencial eleitoral que Eduardo Campos, candidato do PSB morto em acidente aéreo duas semanas atrás. Ele alfinetou os tucanos ressaltando que Marina "subtraiu" parcelas do eleitorado que tendiam a votar em Aécio Neves.
Segundo Falcão, a perspectiva de vitória já no primeiro turno gera um "salto alto" e, no caso de o pleito ir para uma segunda rodada, pode causar "frustração". Questionado se havia preocupação com o fato de as pesquisas indicarem uma vitória de Marina sobre Dilma no segundo turno, ele disse que "essas projeções" não podem ser medidas agora. "Segundo turno é outra eleição", ressalvou.
Perguntado se Dilma teria de intensificar a campanha na rua, o presidente do PT disse que a presidente tem que governar o País. "Tem gente que acha que um cargo de presidente da República é só de representação. Não é", disse, seguindo a mesma linha da presidente Dilma em uma crítica indireta a Marina. Segundo ele, Dilma tem menos tempo que os outros candidatos para fazer campanha na rua e lembrou que ela tem um nível quase total de conhecimento da população. "Com a difusão do nome dela, não precisa ter a campanha de rua como os outros", observou.
Rui Falcão disse que, a partir do próximo mês, a visibilidade das eleições nas ruas vai aumentar e lembrou que políticos antigos diziam que a campanha só começa após o dia 7 de Setembro, Dia da Independência.