Aécio já tinha a dificuldade de não contar com a presença de Pezão, que anuncia apoio à presidente Dilma Rousseff, em atividades de campanha.
Sem saber o futuro do fenômeno Marina, muitos peemedebistas concentraram esforços em suas próprias eleições e na de Pezão. Na definição de um peemedebista, a fase é de observar até onde vai a "onda" Marina Silva. "A turma não trai Aécio, mas também não namora", define o parlamentar sobre a etapa atual da campanha. Segundo pesquisa Ibope divulgada na terça-feira, Dilma tem 38% no Estado, Marina tem 30% e Aécio, 11%.
Ontem, depois de almoçar com a presidente Dilma em um restaurante popular, o candidato do PR a governador, Anthony Garotinho, disse que o PMDB abandonou Aécio e citou dois deputados influentes do partido, o líder na Câmara, Eduardo Cunha, e o presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Melo. "Fiquei sabendo que deu vendaval em Saquarema e Jacarepaguá e derrubou todas as placas do Paulo Melo e do Eduardo Cunha com o Aécio", ironizou Garotinho, citando os redutos eleitorais dos peemedebistas.
Cunha e Melo reagiram dizendo que jamais se engajaram na campanha do tucano. "Não faço campanha com candidato a presidente.
Idealizador do Aezão, o presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, se mantém firme na aliança com Aécio, ao lado dos dois filhos, Leonardo, deputado federal, e Rafael, estadual. A família organizou a caminhada de Aécio na Saara, região de comércio popular no centro da capital, na última segunda-feira. "A hora é de ter sangue frio, esperar passar a turbulência", diz Picciani pai. Na caminhada, quase não havia candidatos do PMDB além dos Picciani. Aécio caminhou ao lado de candidatos de seu partido e outros aliados, como PTB, PP, PPS e PSD.
Um dos fundadores do "Aezão", o deputado estadual Edson Albertassi (PMDB) disse não ter ido à Saara porque já tinha um compromisso de campanha agendado, mas reiterou estar "100% com Aécio e Pezão"e informou que pediu ao comando nacional da campanha uma visita do tucano a Volta Redonda, no sul fluminense..