"É preciso gravar algo para trazer as pessoas também pela emoção", afirmou Pinheiro, que é evangélico como Marina.
O petista considera que a estratégia de insistir na polarização da candidata do PT com o adversário do PSDB, Aécio Neves, está errada. "Enquanto os dois se estapeiam, ela vai ganhando na comoção", disse ele, referindo-se ao debate da TV Band, que foi ao ar na noite de terça-feira. "Ela se coloca como solução para a polarização PT versus PSDB."
Walter Pinheiro disse que Marina, apesar da comoção com a morte de Eduardo Campos, duas semanas atrás, tem buscado apresentar conteúdo e rebatido críticas de que seria inexperiente para governar o País. "Quem aprendeu a ler muito tarde, aprendeu a pensar", disse o petista, numa referência ao fato de que a candidata do PSB foi alfabetizada aos 16 anos.
O petista lembrou que a petista foi eleita pela primeira vez senadora pelo Acre em 1994, tendo que virar "embaixadora" do Estado em pleno o governo Fernando Henrique Cardoso, e ainda foi ministra de Meio Ambiente durante o governo Lula.
Pinheiro acredita que a comoção deve acabar no dia 5 de outubro, primeiro turno das eleições, que seria disputado por Campos. Para ele, a tragédia gerou uma referência na disputa, o ex-candidato do PSB, e essa referência naturalmente tem sido absorvida por Marina..