Apesar da avaliação do crescimento de Marina Silva, o tucano disse que continua confiante de que disputará o segundo turno. "Tenho enorme confiança de que, no momento da decisão, prevalecendo a razão, vamos estar não apenas no segundo turno, mas vamos vencer as eleições. Tem um quadro novo, a partir do falecimento do meu amigo governador Eduardo Campos. E agora temos que nos adaptar a essa nova realidade. Estou absolutamente sereno e convencido de que as melhores propostas para o Brasil mudar de verdade, quem as têm somos nós."
Em visita à Linha 15-Prata do Metrô (o monotrilho, na Estação Vila Prudente), ao lado do governador de São Paulo e candidato à reeleição pelo PSDB, Geraldo Alckmin, Aécio afirmou que pretende fazer cobranças não apenas à presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, mas à sua nova adversária. "Sobre a forma como pretendem governar, quais os valores que pretendem conduzir à frente do governo, mas, sobretudo, de que forma vão tirar (o País) dessa aguda recessão". E voltou a dizer, numa alusão à falta de experiência de Marina em cargo executivo: "O Brasil não é para amadores."
Indagado sobre sua expectativa para a pesquisa Datafolha que será divulgada hoje à noite, o tucano disse acreditar que não há razão para uma mudança abrupta no quadro.
Ao falar de sua candidatura, Aécio disse mais uma vez que tem um projeto consistente para o Brasil, que não é improvisado. "É um projeto constituído com ideias e com pessoas capazes de transformar essas ideias em realidade. A grande questão que se colocará daqui em diante é: que mudanças queremos para o Brasil? A mudança do improviso ou a mudança consistente, verdadeira? A mudança que pode levar o Brasil a um novo patamar de desenvolvimento?", indagou.
Alckmin
O governador Geraldo Alckmin comentou, ao lado de Aécio, o fato de o vice na chapa presidencial de Marina Silva, Beto Albuquerque (PSB-RS), ter aparecido em seu programa eleitoral pedindo votos e dizendo que o governador de São Paulo era 'exemplo' para Eduardo Campos. O vice do tucano é o pessebista Márcio França. "Não tem nenhum problema, quem é do PSB apoia seu candidato, que é a Marina, nós do PSDB apoiamos o nosso candidato, que é o Aécio Neves. Todos vão aparecer no meu programa", disse. "Beto queria vir nos visitar, mas fiquei doente, acabei nem podendo recebê-lo. Ele queria agradecer todo o esforço que foi feito em razão do acidente que vitimou Eduardo Campos e é obvio que o PSB nos apoia, já que meu candidato a vice governador é o Márcio França", justificou Alckmin..