Andrea Neves, irmã do senador e encarregada da comunicação da campanha nacional, também dedicará mais atenção à disputa local. Para os planos futuros de Aécio - que está em terceiro lugar na disputa presidencial, 19 pontos porcentuais atrás de Marina Silva (PSB) e da presidente Dilma Rousseff (PT), que estão empatadas com 34% das intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha divulgada ontem - , o controle do governo mineiro é considerado fundamental.
Danilo de Castro, que já coordena o comitê de Aécio em Minas, foi o coordenador das duas campanhas de Aécio e da de seu sucessor, Antonio Anastasia, ao governo. A apreensão tomou conta do grupo de Aécio esta semana após a divulgação da mais recente pesquisa Ibope sobre a disputa estadual, que mostrou o petista Fernando Pimentel liderando com 37% das intenções de voto, 14 pontos porcentuais à frente de Pimenta. O candidato do PT cresceu 12 pontos porcentuais em relação ao levantamento divulgado no fim de julho.
O Ibope mostrou também Aécio com 34% da preferência do eleitorado, em empate técnico com a presidente Dilma Rousseff, que aparece com 31% dos votos, enquanto Marina Silva (PSB) foi apontada como preferida por 20% dos pesquisados. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos.
Anteontem, o PR, que está formalmente coligado com o candidato tucano, liberou seus filiados a subirem no palanque de Pimentel, que recebeu também apoio de 18 prefeitos da sigla.
De imediato, a ordem na campanha de Pimenta da Veiga é intensificar os ataques ao adversário - que já foi aliado de Aécio na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte, em 2008, quando o petista e o governador apoiaram a eleição de Marcio Lacerda (PSB). Um exemplo dessa linha são as declarações dadas por Pimenta durante a semana.
O tucano acusou Pimentel de "mentir" sobre a responsabilidade pelas obras do metrô de Belo Horizonte e citou o fato de três pessoas que trabalham para a campanha petista terem sido presas trocando cavaletes do PSDB por material do PT. "Alguém que manda roubar placas do adversário e alguém que tem mentido descaradamente não está apto a falar do meu comportamento." O PT rebateu condenando o que chamou de "jogo político rasteiro".
Ao Estado, Danilo de Castro disse que sua função será "dar um ritmo mais acelerado" à campanha de Pimenta da Veiga.