O candidato do PSDB ao governo de Minas , Pimenta da Veiga, andou de metrô, nesta segunda-feira, para, segundo ele, constatar “mais uma vez” a ineficiência desse transporte público na capital. Para Pimenta, a responsabilidade dessa situação é do PT. “Passaram onze anos (petistas) sem nenhuma providência e ficam dizendo coisas disparatadas”, disse.
As obras do metrô em Belo Horizonte são alvo de disputa entre tucanos e petistas. De um lado, o governo federal, por meio da Caixa, diz que os recursos estão disponíveis e que falta apenas o projeto executivo do governo estadual para dar início às obras de ampliação do metrô da capital.
Em contrapartida, os tucanos alegam que esse não é problema. “ Se é responsabilidade do PT porque fica aguardando projeto?”, indagou Pimenta, nesta segunda-feira. Segundo ele, o projeto para ampliar o metrô até o Barreiro está pronto há mais de 10 anos. Sem citar nomes, Pimenta disse também que “o homem público pode cometer muitos equívocos, só não pode ser mentiroso”.
Para o tucano, diante desse “desinteresse” do PT com obras do metrô” de Belo Horizonte, caberá ao próximo governador de Minas arcar com essa responsabilidade. “Assumir alguns encargos que são do governo federal”, afirmou.
Em nota, o diretório estadual do PT afirmou que as declarações de Pimenta da Veiga (PSDB) revelam “desconhecimento sobre a realidade do estado”. O partido acusa o adversário de Fernando Pimentel (PT) de ter vivido fora de Minas nos últimos anos e demonstrar “desequilíbrio e desespero” devido a sua posição nas pesquisas eleitorais.
O PT de Minas ainda afirma que os recursos para as obras já foram liberadas pelo governo federal e que houve problemas no envio do projeto da linha 3, ligando a Lagoinha à Savassi. O projeto só teria sido enviado no último dia 29 para a Caixa com as alterações. “O primeiro projeto apresentado foi rejeitado pela Caixa porque não apresentava sequer cronograma de execução e orçamento. Quem teve 12 anos à frente do governo estadual e da Metrominas para fazer o metrô não tem autoridade ou credibilidade para tirar as obras do papel”, afirma a nota.