O candidato do PT ao governo de Minas, Fernando Pimentel, disse nesta segunda-feira que pretende implantar no estado, caso seja eleito, uma política descentralizada. Ele comentou a forma de administrar e disse que algumas decisões não podem ser implantadas da mesma forma em todas as regiões. Segundo o petista, a mesma lógica de policiamento não se aplica a todas os locais, sendo necessário um tratamento diferenciado em cada uma deles. “As regiões são muito diferentes. Então nós vamos ter um policiamento que vai se chamar polícia presente, mas com características específicas para cada região”, falou. Hoje o petista cumpre agenda nas cidades de Varginha e Guaxupé, no Sul de Minas.
O candidato também comentou sobre a necessidade de haver a mesma descentralização para determinar as obras de infraestrutura. Segundo ele, em sua gestão, cada região irá definir quais são as prioridades de investimento. O petista disse que pretende apoiar os municípios e destacou a necessidade de investir na melhoria das estradas. Pimentel afirmou que pretende ampliar a parceria com o governo federal para que Minas “tenha a rede de rodovias de que precisa”. “Nesses 12 anos do governo do PSDB a questão rodoviária não foi prioridade, essa é a verdade. Se tivesse sido, essa simples ligação entre a Fernão Dias e Varginha teria sido feita, não é tão caro, é uma obra importante e não foi feita”, disse, ao falar sobre a interligação da cidade com a rodovia federal.
A mesma lógica de descentralizar as políticas Fernando Pimentel disse que vai implantar na saúde e na compra de medicamentos. Ele apontou atrasos no envio de remédios para alguns municípios no estado e colocou a culpa no “excesso de centralização” do governo de Minas para adquirir os lotes dos produtos. Segundo Pimentel, "isso prejudica o paciente". O petista pretende rever essa política para transferir para as cidades a incumbência de fazer a compra dos remédios que serão distribuídos.
Sobre educação o candidato falou que pretende implantar o diálogo com os professores. Pimentel disse que na atual gestão as políticas são definidas “sem ouvir o magistério”. O petista afirmou que entre as suas prioridades está o pagamento do piso nacional para os professores e recompor o plano de carreira da categoria.
ICMS
O candidato ao governo de Minas fez críticas a política fiscal. Ele classificou a legislação tributária do estado como a pior do Brasil. “Nos somos o estado que cobra o ICMS mais caro, a energia elétrica é 30% , a maioria dos produtos é 18% . A fronteira com o estado de São Paulo é um exemplo, vi casos de municípios que estão na divisa eu os carros atravessando a fronteira para abastecer, porque aqui a gasolina é mais cara, isso tá errado”, disse. Pimentel disse que pretende implantar conselho de tributação, formado por parlamentares, representantes das regiões, advogados tributaristas e fiscais para revisar a forma de tributação estadual. “O ICMS hoje está afastando as empresas de Minas, nós precisamos é atraí-las para gerar emprego e renda aqui”,falou.
Adversários de Dilma
Fernando Pimentel disse durante a agenda de campanha desta segunda-feira que a relação dele com o senador Aécio Neves (PSDB) e com ex-ministra Marina Silva (PSB) são “as melhores possíveis”. Apesar disso, ele afirmou que prefere Dilma seja reeleita. “Não vejo nenhuma dificuldade de relacionamento nem com um nem com outro. Agora, eu trabalho para a candidatura da presidenta Dilma e quero crer que ela vai ser reeleita. Ela que apresenta o melhor programa e mais segurança para o Brasil nesse momento. Mas vamos esperar que o voto do brasileiro decida o futuro do país”, disse.