O diretor do Itesp disse nesta segunda-feira a representantes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL) que as fazendas podem ter 350 famílias assentadas. Pilla recebeu os líderes dos sem-terra no encerramento de uma marcha de quatro dias em defesa da reforma agrária. Os grupos saíram na sexta-feira (29) de cidades da região e se concentram hoje em Presidente Prudente.
Os sem-terra protestavam contra a "paralisia" da reforma agrária na região, apesar de um convênio assinado entre o Itesp e o Incra em fevereiro deste ano para a retomada de terras devolutas. Os manifestantes reclamavam também da falta de assistência aos assentados. Pilla explicou que a obtenção das áreas depende da aceitação de acordo pelos ocupantes - muitos deles antigos fazendeiros da região.
Embora a retomada das terras consideradas devolutas seja feita pelo Estado, o pagamento das benfeitorias cabe à União. Por essa razão, os processos precisam da aprovação de Brasília. Segundo ele, os acordos antecipam a solução de processos que podem demorar até 30 anos.