Os dois são suspeitos de terem doado imóveis a parentes após a divulgação de irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. O Tribunal de Contas da União (TCU) ainda não decidiu se vai bloquear os bens de Graça Foster. No último dia 27, a maioria dos ministros votou pelo não bloqueio dos bens, mas o julgamento foi interrompido.
O deputado Rubens Bueno (PPS-PR), autor do requerimento para investigação sobre os imóveis, disse que, se a denúncia se confirmar, fica configurada uma fraude contra uma decisão do TCU. O tribunal aprovou em 23 de julho relatório do ministro José Jorge determinando que o ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, e 11 diretores e ex-diretores da estatal devolvam aos cofres da petrolífera 580,4 milhões de dólares por prejuízos na compra de Pasadena. O processo do TCU, porém, não cita Graça Foster entre os responsabilizados.
Convocações
Outro requerimento que deve provocar debate, também apresentado por Rubens Bueno, postula a convocação de Enivaldo Quadrado. Ele é apontado como um possível elo entre o esquema do doleiro Alberto Youssef e pessoas envolvidas no mensalão.
A CPMI da Petrobras também pode aprovar a convocação de Meire Poza, contadora de Youssef, objeto de três requerimentos.
Alberto Youssef está preso desde março. Ele é acusado de ser o comandante de um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões.
Na última audiência da CPMI, no dia 20, foram ouvidos o gerente jurídico internacional da empresa, Carlos Cesar Borromeu de Andrade, e o gerente de Segurança Empresarial, Pedro Aramis de Lima Arruda.
Com informações da Agência Câmara.