A candidata a presidente pelo PSB, Marina Silva, não descartou novas mudanças no seu programa de governo porque, segundo ela, é característica das suas propostas estarem em constante construção. Marina afirmou que desde que lançou o seu programa, na última sexta-feira, ela dizia que o programa estaria em constante "movimento". "Só as pessoas com pensamento excessivamente cartesiano podem imaginar que um processo complexo como esse não tenha complementações a serem feitas", disse a candidata durante série de entrevistas do Grupo Estado.
Marina afirmou que não é a primeira vez que um programa de governo foi alterado antes das eleições. Ela deu como exemplo Dilma Rousseff na eleição presidencial passada. "Em 2010, a presidente Dilma rubricou folha por folha e depois recolheu o programa inteiro por causa de menções a imposto sobre grandes fortunas, incentivos a invasão de terras e aborto", disse.
Marina voltou a justificar as mudanças nos pontos referentes à pauta do movimento LBGT e em relação à energia nuclear como um erro de processo e que, ao comparar suas diretrizes com a dos outros candidatos, os direitos civis das minorias estão melhor assegurados no seu programa de governo.