Abandonada pelo PT e desfavorável para o PSDB, a CPI mista criada para investigar obras dos metrôs de São Paulo e de Brasília continua paralisada. Nesta terça-feira, a falta de quórum impediu uma segunda tentativa de eleger o presidente da comissão para inaugurar seus trabalhos. Apenas dois congressistas compareceram à reunião desta terça. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) presidiu a sessão por ser o mais velho dos integrantes da CPI. E o deputado Mendes Thame (PSDB-SP) participou como integrante do colegiado.
A maior maldade por trás do apelido, no entanto, diz respeito ao modo lento com que Suplicy e Thame fazem seus discursos no Congresso e também ao fato de não participarem do núcleo decisório do PT e do PSDB.
A próxima reunião da CPI ficou marcada para 7 de outubro, após o primeiro turno da eleição. O PMDB indicou para o cargo de presidente do grupo o senador João Alberto (MA), que estava em seu Estado e não participou da reunião de hoje. A oposição lançou o líder do Solidariedade na Câmara, Fernando Francischini (PR), para concorrer com João Alberto.
Francischini chegou à reunião após Suplicy declarar que não havia quórum para fazer a votação. A criação da CPI do Metrô foi pedida pelo PT com o objetivo de investigar suspeitas de corrupção e formação de cartel em licitações dos metrôs de São Paulo e de Brasília em governos do PSDB e do DEM.