A participação de Fleury na campanha do PMDB passou a ser o tema de embate entre os dois candidatos durante o horário eleitoral na televisão e no rádio desde a semana passada. Os ataques partiram do PSDB que apresentou Fleury como "chefe" da campanha de Skaf e o governador que "quebrou" o Estado e deixou a área da saúde em "caos".
"O Fleury não é oficialmente coisa nenhuma, quem coordena a minha campanha sou eu, ele é um colaborador", disse o candidato aos jornalistas. Apesar de o nome de Fleury estar registrado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) como representante legal da chapa (PMDB, PSD, PROS, PP e PDT), Skaf disse quem é ele próprio quem coordena sua campanha e atacou Alckmin. "Isso mostra que ele está apavorado e apelando, querendo ridiculamente me vincular a uma pessoa que foi governador há 25 anos", disse. "Ele (Alckmin) é um político profissional, eu me filiei ao PMDB há três anos."
Assim como durante o horário eleitoral, Skaf tentou associar a participação de Fleury somente como um colaborador e usou o discurso da mudança. "Ele é um colaborador e um dos tantos peemedebistas, e tantos cidadãos que querem mudar São Paulo, se cansaram do PSDB", disse.
Fleury foi eleito em 1990 como sucessor de Orestes Quércia (PMDB). Além do massacre do Carandiru (1992), sua gestão é associada à quebra do Banespa - que sofreu intervenção federal em 1994.