São Paulo - O comitê pela reeleição da presidente Dilma Rousseff declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma arrecadação de R$ 116 milhões na segunda prestação parcial de contas da campanha. Declarou ainda que, dessa quantia, gastou R$ 52 milhões. Os principais itens de despesas do PT foram os gastos com divulgação e propaganda.
Na semana passada o tesoureiro da campanha do tucano Aécio Neves, José Gregori, disse que a previsão de contribuições a ser declarada na segunda prestação de contas parcial seria quatro vezes maior do que os R$ 11 milhões registrados na primeira parcial, ou seja, cerca de R$ 44 milhões. Os valores poderiam chegar, afirmou Gregori, até a R$ 60 milhões. Os números oficiais devem ser divulgados nos próximos dias.
A candidata do PSB, Marina Silva, que entrou na disputa depois da morte de Eduardo Campos em um acidente de avião, ainda não prestou contas.
Segundo Bazileu Margarido, integrante da coordenação da campanha de Marina, os gastos e arrecadação de Campos ficaram em torno de R$ 20 milhões. Coordenadores da campanha petista avaliaram o volume de recursos como acima das expectativas. Na primeira prestação de contas parcial, feita no início de agosto, o comitê de Dilma havia arrecadado R$ 9 milhões. O teto de gastos estipulado por Dilma é de R$ 298 milhões.
Segundo levantamento feito pelo Estadão Dados e pela Transparência Brasil, embora tenha a presidente da República a maior bancada na Câmara dos Deputados, o PT foi apenas o 4.º partido em arrecadação no início da campanha.
Somadas, as contribuições feitas a todos os candidatos do PT, de acordo com a primeira parcial, chegaram a R$ 34.7 milhões. O PMDB ficou em primeiro lugar, com R$ 108,9 milhões; o PSDB em segundo, com R$ 80 milhões; e o PSB foi o terceiro colocado, com R$ 39,8 milhões.
Questionado na semana passada se o descontentamento de setores do empresariado com o governo Dilma estaria atrapalhando as contribuições da campanha, o coordenador do comitê financeiro pela reeleição, Edinho Silva, negou. Segundo ele, a candidata do PT deve gastar menos do que os R$ 298 milhões previstos porque nestas eleições o PT adotou um sistema de cotações de preços para a aquisição de materiais. Em alguns casos os preços caíram até 30%, segundo o tesoureiro.