Jornal Estado de Minas

Em BH, Dilma admite que economia passa "por uma situação complexa"

Segundo a presidente, que tem agenda de campanha nesta quarta-feira em Belo Horizonte, apesar de o cenário econômico ser "complexo", a situação poderia ser pior se o governo federal não tivesse adotado medidas de incentivos

Alessandra Mello
Dilma duarnte discurso aos empresários, no Expominas, na manhã desta quarta-feira - Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

A presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, reconheceu, nesta quarta-feira, durante encontro com empresários em Belo Horizonte, que a economia, em especial a  induústria, passa por “uma situação complexa". Na semana passada,  dados divulgados pela IBGE apontam retração do PIB por dois trimestres consecutivos, configurando uma recessão técnica. Em contrapartida, ela disse que o momento poderia ser mais complicado se o governo federal não tivesse adotado medidas de incentivo a diversos setores da economia.

Dilma visitou, no Expominas, no Bairro Gameleira, na Região Oeste da capital, a 8ª Olimpíada do Conhecimento, promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Ela também admitiu, durante o encontro, que há insatisfação no meio empresarial, que questiona a política econômica adotada pelo governo, principalmente, segundo ela, “na atual conjuntura, quando a incerteza do cenário internacional se mistura com o debate eleitoral” . 

“Mas apesar de respeitar essas posições (…)eu gostaria que o Brasil estivesse crescendo em um ritmo muito mais acelerado, mas é aquilo que eu estava dizendo antes. Imagine o que aconteceria se nos não estivéssemos tomado essas medidas”, afirmou a presidente logo após listar medidas adotadas pelo governo para o desenvolvimento da indústria, entre elas os programas financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Durante o encontro, Dilma foi convidada pelo presidente da CNI, Robson Andrade, para abrir como presidente da República, uma feira internacional de conhecimento, que vai ser realizada ano que vem, no Brasil.

Marina

Sem citar sua principal adversária, Marina Silva (PSB), Dilma disse estar preocupada com a possibilidade da retirada dos bancos públicos do papel de incentivadores da atividade industrial. É que, segundo Dilma, em entrevistas anteriores, o programa da socialista, retira o poder dos bancos públicos de participar do financiamento da indústria e da agricultura. Depois do encontro com os empresários na Expominas, onde está sendo realizada a Feira do Conhecimento, a presidente foi para a região de Venda Nova para uma caminhada.

Miltantes do PT aguardaram na manhã desta quarta-feira Dilma para corpo a corpo com eleitores em Venda Nova - Foto: Leandro Couri/EM/D.A Press

Corpo a Corpo

Na tarde desta quarta-feira, logo após o encontro com empresários, ao lado do candidato do PT ao governo de Minas, Fernando Pimentel,  e de militantes petistas, Dilma participou de corpo a corpo na Avenida Padre Pedro Pinto, em Venda Nova.

Esta é a terceira visita de campanha da petista à capital desde que começou oficialmente o período eleitoral.
No início de agosto Dilma fez sua estreia em ato de campanha em Montes Claros, no Norte de Minas. Há duas semanas a petista voltou a Minas. Em passagem pela capital, a candidata à reeleição visitou a escola técnica do Senai, no Bairro Horto, Região Leste de BH, para conhecer os cursos oferecidos na unidade e também gravar imagens para o horário gratuito de propaganda eleitoral.

 Veja o vídeo da presidente:


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