Para Kassab, a posição de Skaf é completamente compreensível. "A posição dele é simples. Ele diz que aqui em São Paulo tanto o PT como o PSDB são adversários. É verdade. Ele tem que fazer a campanha dele", avaliou. "Eu também tenho o PT como adversário em São Paulo", afirmou, em relação a candidatura de Eduardo Suplicy (PT).
O candidato disse entender a declaração de Skaf em seu voto do vice-presidente Michel Temer (PMDB) e reafirmou que ele pessoalmente apoia a presidente Dilma. "Ele declarou que vota no candidato do seu partido.
Para Kassab, Dilma precisa deixar mais claro qual a condução econômica terá em um eventual segundo mandato. "Defendo mudanças e defendo que elas sejam anunciadas já, pois ela é candidata", afirmou. Questionado se isso não resultaria em uma demissão do atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, Kassab discordou. "A condução atual (da economia) não está apresentando resultados. Só falta ela querer transmitir a todos que não quer mudar", afirmou, destacando que por ser aliado "tem o direito" de fazer observações e cobranças.
Eleições estaduais
Kassab disse ainda acreditar que vai haver segundo turno nas eleições estaduais paulistas. Ele projeta um crescimento do candidato petista Alexandre Padilha para o patamar de 15% - hoje está com 7% - e acredita que Skaf chegará aos 25%. "Eu acredito que o Skaf vai para o segundo turno. Acredito que terá segundo turno em São Paulo", reforçou.
Em relação a um provável apoio do PT a Skaf na segunda etapa e se o candidato do PMDB não deveria poupar o petistas de críticas, Kassab disse que até o momento Skaf tem tratado sua independência da candidatura "de maneira respeitosa". Kassab é o segundo candidato a ser entrevistado pelo jornal O Estado de S.Paulo. Antes dele, o candidato Eduardo Suplicy (PT) já participou. A entrevista com o tucano José Serra está marcada previamente para a próxima sexta-feira, mas ainda será confirmada..