O ambientalista João Paulo Capobianco, que é um conselheiro próximo da campanha, também participou do debate e disse que, somente em subsídios, o governo federal deixou de recolher R$ 170 bilhões no ano passado. "O recurso existe, o que é necessário é prioridade e compromisso", afirmou.
Rands concordou com Capobianco, ressalvando que desonerações são importantes, mas devem ser feitas com coerência em relação à política econômica e não "no balcão", como acusou ser feito no governo da petista Dilma Rousseff (PT). Rands citou também o argumento que era usado por Eduardo Campos, de que a queda de um ponto na taxa básica de juros representa economia de R$ 25 bilhões para o governo, o que já pagaria a proposta de ensino médio integral. "Com este exemplo, você vê o quão artificial é esse discurso que está sendo dito pelos conservadores de sempre", defendeu Rands. Segundo o coordenador, um governo de Marina Silva se comprometeria a recompor o tripé macroeconômico e, com responsabilidade, levar a taxa Selic a cair.
O principal ataque que vem sendo dirigido pelos adversários políticos à candidatura e Marina é de falta de capacidade de gestão e falta de compreensão dos custos de suas propostas. No último debate presidencial, na primeira pergunta dirigida a Marina, Dilma questionou de onde a candidata pretendia tirar R$ 140 bilhões para financiar suas propostas.
Capobianco e Rands falaram hoje com internautas, por cerca de uma hora, respondendo a dúvidas com relação ao programa de governo.