"Nunca vi ninguém querendo se eleger dizendo que vai governar com os piores. A novidade é dizer que eles estão em todos os partidos, que a honestidade, a competência e o compromisso não é monopólio de ninguém", acrescentou. "É preciso colocar o olhar naquilo que nos faz maiores do que nós somos e não ficar nos apequenando. Por exemplo: Essa história de que se ganha (a eleição) alguém que vem de um movimento da sociedade, que não é em função das estruturas do dinheiro, do tempo de televisão, dos partidos poderosos, de que poderá ser cassado."
Marina disse que acredita na democracia brasileira e na vitória da esperança sobre o medo. "Essa história de medo eu durante 30 anos vi as pessoas fazerem contra o Lula, e eu dizia e acreditava e continuo acreditando que a esperança já venceu o medo, e não adianta querer ressuscitá-lo." Antes de conversar com os jornalistas, Marina se reuniu com 15 membros da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), na Expointer. Segundo ela, foram levantadas várias questões sobre o que fazer para garantir que a agricultura brasileira continue vigorosa.
De acordo com a ex-senadora, se toda a população e todos os setores querem um Brasil economicamente próspero, politicamente democrático e ambientalmente sustentável, a questão fundamental é ter diálogo e buscar da melhor forma esses objetivos. "Alguém que se propõe a governar o Brasil não pode pensar que vai quebrar as resistências. Deve achar que ao se dispor ao debate e não ao embate, vai produzir convergências progressivas.".