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Estado de Minas

Dois principais candidatos em Minas faltam a debate em escola de Belo Horizonte

Pimenta e Pimentel faltam a encontro tradicional com estudantes


postado em 05/09/2014 06:00 / atualizado em 05/09/2014 11:00

Pedro Rocha Franco

Os estudantes do ensino médio do Colégio Batista Mineiro se reuniram ontem no auditório da instituição para ouvir as propostas dos candidatos ao governo de Minas. O debate começa a se tornar um evento tradicional durante períodos de campanha política em Belo Horizonte – é realizado desde 2008 –, mas o de ontem foi esvaziado com a ausência dos dois principais concorrentes ao Palácio Tiradentes – Fernando Pimentel (PT) e Pimenta da Veiga (PSDB). Para os estudantes, os lugares vagos no centro da mesa foram o sinal do descaso com os jovens eleitores, que passaram semanas se preparando para o encontro e formulando perguntas. Em contrapartida, sem a presença do tucano e do petista, os novos eleitores questionaram algumas das propostas dos “nanicos”, como a elevação do salário mínimo a R$ 3,5 mil, tópico presente no programa de Cleide Donária (PCO), e a ausência de políticas específicas para os estudantes.



Minas tem 139.643 eleitores com 16 e 17 anos. Apesar da indecisão entre os alunos do Colégio Batista, os jovens disseram ter ficado ainda mais em dúvida depois do debate. “É difícil votar, principalmente você que é mais leigo”, diz a estudante do 3º ano do ensino médio Vitória Ponzoni, decepcionada com a ausência dos outros candidatos: “Os que têm propostas melhorezinhas não vieram. Os outros têm propostas utópicas”, afirmou.
Sem o petista e o tucano, Túlio Lopes (PCB), Cleide Donária (PCO) e Eduardo Ferreira (PSDC) compuseram a mesa. Tarcísio Delgado (PSB) e Fidélis Alcântara (Psol), impossibilitados de estar no evento por outros compromissos de campanha, pelo menos mandaram representantes. A candidata ao Senado Margarida Vieira (PSB) e a vice na chapa do PSTU, Victoria Mello, também participaram do debate.
Fernanda Pessoa, aluna do 3º ano do ensino médio, também criticou a ausência dos dois candidatos que somam mais intenções de voto e considera que alguns dos projetos dos candidatos são verdadeiras “barbaridades”, como a proposta de Cleide Donária de elevar o salário mínimo a R$ 3,5 mil e a dissolução da Polícia Militar. “Como ela faria para manter a ordem?”, questiona a jovem ao lado de outras colegas.
O professor de história Carlos Manoel explicou que, nas últimas semanas, os estudantes tiveram que pesquisar sobre os candidatos e suas propostas e a função do governador. Em sala, eles simularam um debate com base nos planos de governo de cada um dos candidatos, para só depois formular as questões que seriam apresentadas no debate. Ao todo, 1,6 mil perguntas foram feitas. Na rodada de perguntas de estudantes para políticos, algumas delas foram sorteadas. O professor também lamentou a ausência dos principais candidatos e disse que os alunos haviam preparado questões capciosas para os dois, sobre corrupção e gastos governamentais. “O projeto muda completamente a visão deles. Antes, odiavam política e, agora, falam sobre o tema até no recreio”, disse Manoel.
Ao encerramento do debate, dezenas de eleitores subiram ao palco para tirar selfies com os candidatos. Simpático entre os eleitores e com um discurso mais acessível, o professor de história Túlio Lopes (PCB) foi o mais assediado. Entre os temas defendidos pelo candidato, estão a discrminalização da maconha e a criação de mecanismo que possibilite aos eleitores tirar o político do poder caso seja considerado corrupto, ineficiente ou incompetente.

Petista promete gasoduto

O candidato do PT ao governo de Minas, o ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Fernando Pimentel, voltou a garantir ontem que, se eleito, vai construir o gasoduto ligando a Região Metropolitana de Belo Horizonte ao Triângulo Mineiro e, para isso, apontou como possível solução a busca por recursos federais. “Vamos estabelecer um modelo adequado de financiamento sem que precise privatizar a Gasmig. A Cemig, que é dona da Gasmig, tem capital suficiente para fazer esse gasoduto. Pode também fazer com investimentos do BNDES, se for necessário”, afirmou.
A promessa de Pimentel foi feita ontem em Uberlândia, no Triângulo, onde o candidato fez campanha. O petista se referiu à proposta de emenda à Constituição (PEC) apresentada por deputados da base governista na Assembleia, que permitiria a privatização da Gasmig. A medida seria necessária para obter recursos para financiar o gasoduto, mas, diante da repercussão negativa da medida e de protestos da oposição e movimentos sindicais, os parlamentares recuaram e retiraram o projeto.
Pimentel disse que foi seu trabalho como ministro da presidente Dilma Rousseff que levou a fábrica de amônia para Uberaba. “Mas a fábrica, que já está sendo construída pela Petrobras, não resolve o problema. Tem que ter o gasoduto ligando lá”, disse, culpando o governo de Minas por não resolver o problema. Segundo o petista, a falta de diálogo entre governo e sociedade paralisou o debate.
O candidato do PSDB ao governo de Minas, Pimenta da Veiga, fez campanha ontem em Belo Horizonte com o candidato do partido a presidente, Aécio Neves. Ele se reuniu com prefeitos e parlamentares.


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