Ribeirão Preto - O cientista político e chefe de Pesquisa sobre Mercados Emergentes do Eurasia Group, Christopher Garman, afirmou nesta sexta-feira, 05, que a consultoria sempre viu com ressalva a chamada "onda Marina Silva", numa referência à expectativa de vitória da candidata do PSB após ela assumir a candidatura a presidente e ainda ultrapassar Dilma Rousseff (PT) no cenário de um segundo turno.
"Sempre vimos a onda Marina com certa ressalva e houve exagero de avaliações das
Garman disse que existe um viés analítico de subestimar os ativos eleitorais dos governantes e que, mesmo com vantagem de Marina, pesquisas mostram que a presidente tem poder de reação. Dados apontados por ele indicam que, se um governante tem 40% de aprovação de seu governo, há uma perspectiva positiva para a reeleição. "O banco de dados que temos disponível aponta que índice de reeleição, em 240 eleições avaliadas, é de 80% nessas condições. E Dilma tinha 44% de aprovação e foi a 49%", citou. "Não só a presidente entrou com taxa de aprovação consistente para reeleição como ganhou pontos."