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Estado de Minas

Esquema de doleiro movimentou R$ 10 bi


postado em 06/09/2014 06:00 / atualizado em 06/09/2014 07:21

Brasília – Deflagrada em 17 de março no Paraná, a Operação Lava-Jato desmontou um esquema de lavagem de dinheiro que pode ter movimentado cerca de R$ 10 bilhões no mercado clandestino de câmbio. Na ocasião, o juiz da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, Sérgio Moro, mandou prender 13 pessoas temporariamente, entre elas, o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Foram ainda cumpridos 105 mandados de busca e apreensão, 19 de prisão preventiva e 27 conduções coercitivas.

Em meio às investigações, a Polícia Federal identificou em interceptações telefônicas o envolvimento de políticos com o doleiro. Os nomes dos deputados federais André Vargas (sem partido-PR) e Luiz Argôlo (SDD-BA) apareceram no inquérito, mas a Constituição Federal estabelece que a competência para investigá-los é do Supremo Tribunal Federal. Vargas, deixou o PT após denúncias de que pegou carona em um jatinho do doleiro e estaria intermediando negócios de Youssef no Ministério da Saúde. Luiz Argôlo (SDD-BA, por sua vez, teria usado verba da Câmara para pagar serviços a uma empresa de Youssef. Os dois parlamentares sofrem processo no Conselho de Ética da Casa e podem perder os mandatos.

Com a nova informação, o ministro relator Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão das oito ações penais da Lava a Jato e que elas fossem enviadas à Corte. Zavascki mandou também soltar os envolvidos na operação. Após a decisão, o juiz Sérgio Moro alertou sobre o risco de fuga de alguns acusados. Diante do alerta, Zavascki reviu o caso e manteve 12 envolvidos presos. O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que conquistou a liberdade, também voltou a ser detido um dia depois da decisão judicial.


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